Ato em Brasília homenageia policiais e agentes em segurança pública assinados

CSB participou da manifestação que busca melhorias e mais segurança para as forças policias

Policiais, bombeiros e agentes de segurança pública participaram de uma manifestação em Brasília em homenagem aos agentes das forças policiais assassinados. A “Caminhada por Justiça” aconteceu na quarta-feira, 25 de fevereiro, do Museu Nacional da República até a Câmara dos Deputados, onde foram colocadas cruzes que representam os mais 400 policias e agentes de segurança pública mortos em 2013.

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A homenagem foi uma iniciativa do deputado Subtenente Gonzaga (PDT –  MG) e contou com o apoio da Fundação Leonel Brizola. Também foi promovido um ato unificado, na Câmara dos Deputados, para homenagear os profissionais de segurança pública que foram assassinados em razão da profissão. A CSB foi representada por Flávio Werneck, vice-presidente da Central e presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol/DF), e por Leandro Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF).

DSC_0069Flávio Werneck explica que o ato busca melhorias e segurança para todas as categorias de policias e agentes de segurança pública. “A estrutura das polícias brasileiras é decadente. É necessário que haja uma mudança na legislação e os policias tenham maior segurança e estrutura para realizar o trabalho com tranquilidade”, diz.

Para Leandro Vieira, o problema é grave, pois a morte de um policial ou agente de segurança representa a morte do Estado. “Nós precisamos cobrar medidas enérgicas no combate ao crime contra os agentes de segurança pública. Percebemos uma omissão do Estado Brasileiro, quando os gestores negligenciam condições adequadas de trabalho, e potencializamos riscos de uma atividade que já é perigosa por natureza”, enfatiza o presidente do Sindpen-DF .

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Dados do relatório de atividades 2013-2014 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, considerando as taxas de mortes por homicídio da população e de policiais, o risco de um policial morrer assassinado no Brasil é três vezes maior que o de um cidadão comum. “É necessário transformar o crime contra o policial em crime hediondo. A cada 36 horas um policial morre no Brasil. E o problema fica mais grave, pois não é só o policial que sofre violência, a família inteira dele corre riscos”, disse Flávio Werneck.

Para o presidente do Sindipol/DF, uma das soluções está em desvincular as forças policias das forças armadas. “Também é necessários desmilitarizar as polícias e unificar o egresso na carreira de policial, ou seja, um único concurso e preparatório para os policias federais, civis, rodoviários e militares. Isso DSC_0107melhoria a capacitação do agente e também tornaria as investigações mais eficazes”, argumenta o dirigente.

Leandro Vieira ressalta a importância dessa homenagem realizada em Brasília. “Esse é um marco para mudança na legislação, para que haja proteção aos agentes de segurança. Mudar a legislação e proteger os policiais e agentes de seguranças é uma forma de valorizar o profissional. A estrutura carcerária e de combate ao crime brasileiro está falida. Precisa haver mudanças logo, pois quanto mais policiais mortos, mais violência haverá nas ruas”, conclui.

Crédito fotos: Diva Araújo

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