Aprimoramento da indústria e do sistema educacional é a melhor alternativa para o futuro do trabalho

As pautas que foram levantadas no Seminário Pelo Futuro do Trabalho estão, sem dúvida alguma, entre as mais pertinentes para os trabalhadores do Brasil e do mundo. Porém, a questão da geração de empregos dentro de um contexto em que diferentes ocupações serão pulverizadas pela tecnologia, foi central. Dessa forma, as soluções passam pelo investimento na indústria – capaz de gerar empregos e salários –  e pelo aprimoramento do nosso sistema educacional, que deve criar profissionais críticos e aptos a resolver problemas.

Tais conclusões se deram a partir de debates entre as seis principais centrais sindicais brasileiras – CSB, CTB, UGT, Nova Central, CUT e Força Sindical – e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

A partir do diálogo, que envolveu diversas instituições, foi possível perceber a necessidade da criação de um novo sistema escolar. O sistema Steam (ciência, engenharia, artes e matemática na sigla inglesa) já é uma realidade no mundo e deve ser pensado para o Brasil. De acordo com estudiosos da área do ensino e da produção, é necessário estruturar uma educação que dialogue com a realidade de fato, que tenha como alicerce a inovação. Além disso, é claro, não devemos nos esquecer da requalificação dos profissionais que já estão no mercado, mas que perderão seus empregos para robôs e para a automação.

Outro fator importantíssimo, porém pouco lembrado, é a urgência de se investir na indústria, para que ela acompanhe as transformações trazidas pela 4ª Revolução Industrial. É necessário criar um setor produtivo que acompanhe as novidades e esteja compatível ao nível de qualificação desses novos trabalhadores, com um próspero mercado de empregos.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), foi representada pelo seu presidente, Antonio Neto, que ressaltou a importância do diálogo como ferramenta para construção da melhor conjuntura possível. “O diálogo se dá entre os diferentes e ele será profícuo se formo capazes de ouvir, de abrir nossa imaginação para criar propostas que coloquem nosso povo como protagonista. Desta forma, seremos capazes de construir um Brasil melhor”, pontuou Neto.

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