Além da formalização das conquistas, a categoria também terá direito ao adicional de periculosidade e vale-refeição mais justo
Dois anos. Este foi o tempo necessário para que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Prestadoras de Serviços de Instalação e Manutenção de Sistemas de TV por Assinatura, Cabo, Mmds, Dth no Estado do Maranhão (SINDINSTALMA) conseguisse uma de suas maiores conquistas, a primeira Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, foi fechada nesta terça-feira (21), depois de muita luta, reuniões e insistência com o sindicato patronal, o SINSTAL.
Com a conquista, o sindicato poderá sanar alguns problemas recorrentes dos trabalhadores da categoria no estado do Maranhão, como a falta dos 30% de periculosidade para os profissionais que sobem em poste de distribuição de energia elétrica, que, mesmo garantido por lei, não era cumprido pelos empregadores, e também aos trabalhadores que utilizam moto para realizar suas atividades.
Além disso, segundo a presidente da entidade, Rosangela Meireles Moreira, a CCT garante no primeiro momento um piso de R$ 1.036, que será negociado nos próximos meses, e um vale-refeição de R$ 19. Uma grande conquista para muitos trabalhadores que recebiam um salário mínimo e um vale-refeição de R$ 8.
“Essa CCT representa tudo, ela é um marco de um sindicato, pois é ela que vai dar um peso maior para as leis, além de dar além do que está na CLT. A CCT garante um pouco mais ao trabalhador e vem para efetivar o que já está na lei e que não está sendo cumprido pelas empresas”, falou Rosangela, garantindo que o índice de descumprimento de algumas leis chega a 90% das empresas.
Agora com a Convenção Coletiva, o sindicato pretende começar uma nova fase de articulação com as empresas para que haja o cumprimento do documento. Ainda segundo a presidente, os diretores devem começar a visitar as empresas de forma mais intensa, inclusive no interior do estado. Rosângela também explicou que apenas os trabalhadores que contribuírem com a entidade sindical terão acesso aos benefícios contidos na CCT.
A presidente, que representa cerca de 5 mil trabalhadores, também enfatizou a importância da participação da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) nas resoluções jurídicas.
“A CSB nos deu toda essa assistência jurídica, e nós só conseguimos essa CCT através da ajuda da Central”, finalizou Rosângela.