Neto recebe a visita da diretoria e debate apoio na luta pela redução da jornada de trabalho da categoria para 30 horas
O presidente da CSB, Antonio Neto, recebeu em São Paulo a visita de Antonia Trindade Valente dos Santos, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Pará (SENPA), e das diretoras Maria Iracilda Alves Pinheiro (Saúde) e Lucia de Fátima (Tesouraria), para debater as necessidades da categoria. Na ocasião, Antonia também foi nomeada vice-presidente nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros.
O SENPA filiou-se recentemente à CSB. “A nossa filiação ocorreu por causa da afinidade com nas propostas da Central. A CSB está disposta a lutar junto conosco pelas 30 horas para a enfermagem. Quando conversei com o presidente Neto, ele aceitou vestir a camisa no enfretamento político que será necessário para alcançarmos essa conquista”, disse a presidente do Sindicato.
Para Antonia, algumas centrais não se preocupam em discutir saúde e melhorias nas condições de trabalho para os profissionais da enfermagem. “A CSB é uma central que está iniciando agora, não está cheia de vícios e quer aderir à luta. Sem saúde ninguém vive. Precisamos debater as melhorias para os profissionais da área”, afirma. A sindicalista tem como objetivo mobilizar a Central em nível nacional na luta pela saúde de qualidade, além de envolver os sindicatos filiados à CSB para a construção de um Brasil mais justo.
Redução da jornada de trabalho
A CSB defende a redução da jornada dos enfermeiros, de 40 horas para 30 horas semanais. A enfermagem brasileira luta para aprovar o Projeto de Lei do Senado 2.295/2000, mais conhecido como “PL 30 Horas”, que estabelece esta jornada como a máxima para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Essa carga horária é a recomenda pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para profissionais da área da saúde.
Segundo Antonia, o processo de trabalho na área da saúde pode ser muitas vezes repleto de tensões e contribuir para a precariedade das condições de trabalho e sobrecarga dos trabalhadores, o que contribui para o aumento de falhas e afastamentos. “A redução na jornada de trabalho é só o começo. É necessário que os governos olhem de uma forma mais cuidadosa para os profissionais que cuidam da saúde e bem-estar social. Os trabalhadores são o alicerce de uma política social eficaz”, argumenta.
Antonio Neto, presidente da CSB, reafirma o compromisso da Central de lutar para a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros e pela melhoria das políticas voltadas para a saúde nacional. “Devemos olhar e cuidar daqueles que cuidam da sociedade. A redução da jornada de trabalho não é uma perda para os hospitais ou pacientes, pelo contrário, é uma forma de garantir a qualidade do trabalho e o bem-estar dos profissionais, que podem prestar um serviço ainda melhor para a população”, disse o dirigente.