Com apoio da CSB, categoria reivindicará correção salarial de 21% em protesto marcado para o dia 18 de maio
Agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias do Piauí vão aderir à mobilização nacional marcada para o dia 18 de maio em defesa da correção do piso salarial da categoria. No estado, cerca de 12 mil trabalhadores deverão paralisar as atividades, de acordo com o Sindicato Estadual dos Agentes Comunitários de Saúde do Piauí (Sindeacs-PI).
“Estamos mobilizando os agentes de todos os municípios para que participem da paralisação. Uma parte vai para Brasília para protestar em frente ao Ministério da Saúde”, afirma Cruz Castro, presidente do Sindeacs-PI. O ato nacional foi aprovado durante o VI Congresso da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs), realizado em Fortaleza de 11 a 14 de abril.
O piso salarial dos agentes está congelado há cerca de dois anos, de acordo com Castro. O projeto que prevê um reajuste de 21% no valor chegou a ser enviado ao Congresso, mas não avançou, diz ele. Se aprovado, o piso passará dos atuais R$ 1.014 para R$ 1.232. “O problema é que está tudo parado, não há nenhuma promessa de que o Congresso Nacional vai votar”, afirma o dirigente.
Congresso Estadual
Além da manifestação nacional planejada para o dia 18, os agentes de saúde do Piauí também se reunirão em um Congresso Estadual nos dias 20 e 21 de maio. No evento, serão debatidos outros temas de interesse dos trabalhadores, como o plano de carreiras e salários e o cumprimento do piso salarial em municípios que ainda não seguem a regra.
“Algumas cidades pagam apenas um salário mínimo para o trabalhador e complementam a diferença com gratificação. Vamos discutir isso durante o Congresso para que o piso seja cumprido por todos”, salienta. Do total de cidades piauienses, 20% adotam essa prática irregular, ainda de acordo com Castro.
O presidente do Sindeacs-PI também destacou o empenho da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) na luta dos agentes de saúde no estado. “Nós só tivemos condições de avançar com as mobilizações graças ao auxílio da CSB, que levantou a nossa bandeira”, afirma. “A gente tem muito a agradecer. Já estive em três centrais, mas nenhuma dá apoio ao trabalhador como a CSB”, completa.