É tempo de conscientização e resistência na luta pelos direitos das mulheres
Neste dia 8 de março, data histórica na luta das mulheres por igualdade de direitos, é preciso fazer uma reflexão profunda sobre as conquistas alcançadas até aqui, e, principalmente, promover, cada vez mais, debates sobre as dificuldades ainda existentes.
Mesmo com todos os esforços já empenhados na defesa da igualdade de gênero, ainda percebemos diariamente a discriminação sofrida pelas mulheres em diversas áreas da sociedade, principalmente, no mercado de trabalho e na remuneração.
Historicamente a luta das mulheres sempre esteve intimamente ligada à defesa dos direitos das classes trabalhadoras. Se no geral os trabalhadores enfrentam todos os tipos de dificuldades para garantir os seus direitos, no caso da mulher essa batalha é ainda mais árdua e cruel. Exatamente por isso, precisamos nos empenhar ao máximo para resgatar o verdadeiro significado deste dia.
Mesmo com o crescimento da conscientização em relação aos problemas enfrentados pelas mulheres, ainda vivenciamos, diariamente, o aumento no número de feminicídios, a falta de oportunidades nos locais de trabalho e as baixas remunerações. Infelizmente, ainda são grandes os obstáculos, o que torna a nossa luta mais urgente e necessária.
É preciso debater e mostrar a todos a necessidade de construir uma sociedade mais justa e que respeite os direitos das mulheres. Também é necessário que haja um fortalecimento das classes trabalhadoras no sentido de combater com rigor todos os tipos de opressão, seja no nosso cotidiano ou no ambiente de trabalho.
Precisamos também pressionar os nossos governantes para a criação de políticas públicas eficientes, que garantam um tratamento digno a mulher em todas as esferas da sociedade.
Outro ponto importante é educar os nossos jovens para que eles lutem contra o machismo ou qualquer outro tipo de abuso contra as mulheres. Somente com uma luta séria e consciente será possível alcançar as mudanças necessárias para enfrentar todas as desigualdades.
Que essa data possa, acima de tudo, reacender a nossa coragem e o nosso espírito de luta por igualdade de direitos.
Antonieta de Cássia de Faria
Secretária da Mulher Trabalhadora da CSB