CSB homenageia a categoria responsável pelo desenvolvimento farmacêutico, tecnológico e industrial brasileiro
Hoje é o Dia do Engenheiro Químico, profissional responsável, de forma geral, pelo desenvolvimento de produtos e processos em escala industrial. O engenheiro químico formula e resolve problemas de engenharia relacionados à indústria química, acompanhando o processo de manutenção e a operação de sistemas. No Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Química (CFQ), há cerca de 20 mil engenheiros com especialização na área, o que significa aproximadamente 3,5% do total dos engenheiros. A cada ano, cerca de 1.300 alunos formam-se nos cursos de engenharia química.
O exercício da profissão de engenheiro químico é regulado pela Lei Federal 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a mesma que regulamenta a profissão dos demais engenheiros e do arquiteto. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto Federal 620, de 10 de junho de 1969, legalizando, assim, o exercício da profissão. “Apesar de tardia sua regulamentação, a profissão de engenheiro químico já vinha sendo exercida no País com a crescente industrialização iniciada nos anos 1950”, conta Aelson Guaita, presidente do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp).
De acordo com o dirigente, as principais reivindicações da categoria são a garantia do piso salarial, de oito salários mínimos, e a redução da jornada de trabalho para 36 horas, conforme estabelece a Lei 4.950A/66.
Mercado de trabalho
Nos últimos anos, os investimentos das indústrias, sobretudo as voltadas para exportação, abriram vagas para o engenheiro químico. “A criação de matérias-primas mais resistentes, leves, compactas e baratas, aumenta a competitividade das indústrias e torna o profissional uma peça estratégica nas corporações, já que ele participa desses desenvolvimentos”, disse Aelson Guaita. Os setores petroquímico, de papel e celulose, alimentício e farmacêutico têm uma demanda acentuada pelo graduado. As empresas de reciclagem e as indústrias que se preocupam com o reaproveitamento de materiais também oferecem oportunidades a quem atua na área de meio ambiente.
Os segmentos de controle de processos, que demandam conhecimento de alta tecnologia, e de processos biotecnológicos em geral, valorizam cada vez mais o engenheiro químico. “Os cuidados com a natureza também impulsionam a procura pelo especialista, que está envolvido com o tratamento de resíduos das indústrias. Os polos industriais de São Paulo e do Rio de Janeiro são os principais empregadores. Muitas indústrias químicas migraram para o interior do estado de São Paulo, e cresceram as chances de colocação nas regiões de Campinas, São Carlos e Rio Claro”, afirma o presidente.