Reerguer os setores de construção pesada e civil é parte dos objetivos do grupo de trabalho para impulsionar a retomada da geração de empregos
Em primeiro encontro oficial dos membros do Fórum Nacional do Desenvolvimento Produtivo, nesta terça-feira (4), infraestrutura, exportações e ambiente de negócios foram definidos como os três eixos temáticos que terão prioridade no debate entre representantes do governo federal, dos trabalhadores e do setor empresarial. A reunião aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a participação da CSB.
Dentro do eixo da infraestrutura, e para traçar estratégias à retomada do crescimento econômico e geração de empregos no País, a aceleração nos acordos de leniência de empresas denunciadas e investigadas por corrupção, como a Operação Lava Jato, é a principal pauta do Grupo de Trabalho, que focará suas ações nas áreas da construção pesada, civil e nos setores químico e automotivo.
De acordo com o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto, a proposta é punir os executivos de construtoras e empreiteiras envolvidas em denúncias de corrupção, sem prejudicar os empregos gerados por estas companhias, o que compromete o desempenho de um importante motor da economia brasileira. Para Neto, a união do setor produtivo com o laboral e o governo, neste momento, tem como objetivo proteger os milhares de trabalhadores que dependem da execução de obras promovidas por essas empresas.
“Este Fórum é de extrema relevância para que possamos encontrar soluções que visem estancar o desemprego e fazer com que o País saia dessa situação ruim para todos os lados. Estamos fazendo um grande esforço, uma grande soma de energias das confederações patronais, centrais sindicais e do Poder Executivo Federal, no sentido de trabalhar junto ao Congresso e demais instâncias articulações que permitam uma saída vitoriosa ao Brasil. Queremos sair ganhando; queremos que os trabalhadores saiam ganhando”, salienta o presidente da CSB.
Até a próxima sexta-feira (7), segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, os integrantes do Fórum apresentarão sugestões de planos de ação sobre o assunto. “O foco hoje foi o acordo de leniência. Houve consenso de que devemos identificar dificuldades para avançarmos nesse tema, que será discutido nas próximas semanas. Quando tivermos consenso, vamos chamar os líderes de partidos da base para que abracem o tema no Congresso Nacional”, declarou Pereira.
Além do MDIC e da CSB, participaram da reunião do Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo as centrais Força Sindical, UGT, NCST, CTB e CUT; o Ministério do Trabalho; o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIESSE); o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e as confederações empresariais que representam as áreas da indústria (CNI), comércio (CNC), agricultura e pecuária (CNA), transporte (CNT), instituições financeiras (CNF) e cooperativas (CNCoop).