Categoria reivindica perdas salariais dos últimos 10 anos; cerca de 70% dos trabalhadores da cidade aderiram à paralisação
Servidores de Venda Nova do Imigrante (ES) fizeram uma paralisação, no dia 24, para reivindicar reajuste salarial de 11,64% e 100% de aumento no vale-refeição, que atualmente está em R$ 89. A ação foi organizada pelo Sindicato dos Servidores de Venda Nova do Imigrante (Sindiservenova) com a apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Federação dos Servidores Municipais do Espírito Santo (Fespumees). Também participaram da paralisação 18 sindicatos de servidores municipais.
Segundo o presidente do Sindiservenova, Osmar Xavier, o sindicato tentou negociar com a prefeitura os reajustes desde o início de abril de 2016. “Nós propusemos que o reajuste fosse feito parcelado em duas vezes: a primeira seria de 6,64% retroativo a janeiro, e outros 5% seriam pagos em setembro. Porém a prefeitura ignorou a nossa proposta e encaminhou para a Câmara dos Vereadores um reajuste de 5%. Isso é um desrespeito e uma afronta para os servidores. Caso o prefeito Daltom Perim (PMDB) não abra negociação ou apresente uma nova proposta, iremos fazer uma greve geral”, afirmou o dirigente.
Participaram do protesto cerca de 70% dos servidores do município. Segundo o secretário dos servidores públicos da Central e presidente da Fespumees, Jorge Nascimento, o cenário do município requer atenção e atuação urgente. “Nós, da Fespumees e da CSB, estamos apoiando o movimento grevista de Venda Nova do Imigrante, porque os servidores públicos têm sido massacrados pelas administrações e não podemos mais permitir este descaso. A Central e a Federação estarão juntas nessa luta até que o trabalhador alcance a vitória”, disse Nascimento.
“Nós iremos aguardar a resposta da prefeitura sobre as reivindicações apresentadas ontem à administração municipal. Nós entendemos que os atuais salários estão muito abaixo da necessidade de sobrevivência do servidor. Estamos aqui lutando pelo que é nosso de direito. Os servidores cumprem seus deveres e têm que ter seus direitos respeitados”, argumentou Osmar Xavier.