CSB reúne líderes sindicais de diversos países para seminário da Federação Sindical Mundial

A sede da CSB em São Paulo recebeu nesta segunda-feira (4) sindicalistas de todo o mundo para um seminário da Federação Sindical Mundial (FSM), com a presença do secretário-geral da entidade, Pambis Kyritsis.

Além da CSB, representaram o sindicalismo brasileiro a CTB, a NCST, a Intersindical e a CSPB, que também são filiados à FSM. O seminário tinha o objetivo de oferecer uma perspectiva de local para um problema mundial: a crise no capitalismo e seus impactos na vida dos trabalhadores e na organização sindical.

O presidente da CSB, Antonio Neto, abriu o evento ressaltando que os trabalhadores brasileiros vivem um momento de reconstrução após anos de perdas de direitos e precarização do mercado de trabalho.

“Foi devido à luta dos trabalhadores que conseguimos derrotar o fascismo que dominou nosso país especialmente no último governo. Como sempre digo, nós apenas fechamos a porta do inferno. Agora estamos lutando para desfazer os retrocessos que sofremos desde a Reforma Trabalhista.

Seminário da FSM na CSB em São Paulo

O presidente da CTB, Adilson Araújo, e Kyritsis chamaram a atenção para a tragédia humanitária que ocorre em Gaza e como é a classe trabalhadora em todo o mundo que tem se erguido contra o genocídio do povo palestino.

“Temos orgulho que milhões de trabalhadores em dezenas de países estão se mobilizando com as bandeiras da FSM em solidariedade com o povo palestino. Lamento dizer que dentro do movimento sindical mundial não é todo mundo que pode se sentir orgulhoso. Infelizmente, alguns perderam a voz e estão em silêncio diante deste crime”, afirmou o líder da FSM.

Kyritsis também falou sobre como a crise no capitalismo tem intensificado as desigualdades sociais e levado a ataques às liberdades democráticas e sindicais.

“O ataque neoliberal pode variar em intensidade e gravidade de um país para o outro, mas geralmente é semelhante e traços em comum. O custo de vida alto e a inflação estão prejudicando brutalmente o padrão de vida dos trabalhadores e aposentados. Privatizações, terceirização, trabalho remoto e contratação de serviços são apenas algumas das formas deste ataque neoliberal”, apontou.

Pela CSB, compareceram ainda o presidente da seccional de São Paulo, Igor Tiago Pereira, o secretário de Mobilização, Paulo de Oliveira e a presidente da CSB Mulher, Antonieta de Faria.

O evento seguiu até o final da tarde, dando a oportunidade para que todos que quisessem pudessem expor suas ideias sobre o fortalecimento da luta dos trabalhadores e sua avaliação sobre o cenário enfrentado pela classe trabalhadora internacionalmente.

Os sindicalistas concordaram que a crise no capitalismo, ao contrário do que se pode pensar, torna a luta de classes ainda mais relevante e urgente, uma vez que os trabalhadores são os primeiros a pagar o preço pela crise no sistema que cada vez mais concentra renda e poder na mão de cada vez menos pessoas.

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