A CSB foi uma das entidades premiadas na segunda edição do Troféu Empregabilidade Jovem, concedido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) a empresas e organizações que contribuem para a geração de oportunidades para a juventude.
A central foi premiada devido à participação de sua Secretaria da Juventude no Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva da Juventude. O secretário nacional da Juventude da CSB, Rodrigo Alves, e o subsecretário, Enver Padovezzi, participam do projeto que integra governo, empresas, entidades sindicais e organizações como OIT e Unicef.
“Estamos animados por participar do Pacto, que preza não apenas pela inclusão produtiva dos jovens, como social, tratando de temas essenciais como diversidade e mudanças climáticas. Então o reconhecimento do CIEE a esse trabalho que ainda estamos realizando é mais um incentivo para nós”, disse Alves.
O troféu foi entregue a ele durante um evento realizado no Teatro do CIEE em São Paulo, com a participação dos demais premiados. Na ocasião, a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, apresentou uma pesquisa inédita (acesse aqui) realizada pelo MTE que demonstrou que, entre 2011 e 2024, o número de aprendizes dobrou no Brasil, com 602 mil atualmente.
Já os estagiários eram 642 mil em 2023 e hoje são 877 mil, um crescimento de 37%. Mais da metade (51%) atua em empresas privadas, mas há elevada parcela no Setor Público (40%), principalmente na Administração Pública (30%) e Justiça (7%).
O mesmo levantamento aponta que ainda são muitos os desafios em prol da inclusão dos jovens brasileiros no mundo do trabalho: a informalidade (45%), os desafios econômicos do país, assim como os baixos níveis de escolaridade e a falta de oportunidades para quem hoje tem entre 14 e 24 anos gera impactos diretos nessas contratações.
Para o Superintendente Institucional e de Inovação do CIEE, Rodrigo Dib, os resultados desse estudo mostram que a empregabilidade jovem é um desafio urgente. Ele considera grave o Brasil acumular mais de 5 milhões dos chamados “nem-nem”.
“Esses são os jovens que ‘nem estudam, nem trabalham’ e hoje estão tão desesperançosos que não estão nem mais buscando uma vaga de emprego para poder dar seus primeiros passos profissionais”, completa Dib.
As consequências desse fenômeno são preocupantes, pois esses jovens podem enfrentar dificuldades a longo prazo para se inserir no mercado e desenvolver suas carreiras. Paula Montagner explicou que esse crescimento se deve a vários fatores e atinge principalmente as mulheres, que representam 60% do total desse público.
“Os dados apontam que são as meninas, predominantemente as negras, que não estudam e nem trabalham fora. Mas, em sua maioria, elas estão cuidando dos afazeres da casa, dos filhos, irmãos menores ou de outros parentes”, aponta Montagner.
Conforme a pesquisa, do total atual de jovens ocupados, apenas 12% (cerca de 2 milhões) atuam em ocupações técnicas, atividades culturais ou da informática e comunicações, que têm menor taxa de informalidade. Em contraste, a maioria – cerca de 12 milhões – está em ocupações de baixa qualificação ou remuneração.