Permanência de Guedes e Campos no governo se tornam “escandalosas”, diz FENAFISCO

Offshores de Paulo Guedes e Campos Neto denotam conflito de interesse,
ferem a moralidade pública e tornam escandalosa a permanência de ambos no
governo

A divulgação dos documentos do Pandora Papers evidencia outra artimanha dos
super-ricos para não pagar impostos como o restante da população brasileira. A
revelação da manutenção de offshores por figuras públicas como o ministro da
Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
coloca em xeque a permanência de ambos nos cargos que ocupam.

Possuir offshores em paraísos fiscais representa clara situação de conflito de
interesse de duas figuras centrais no comando da política econômica, mesmo não
sendo necessariamente crime a propriedade de offshores. Guedes e Campos Neto
lucram no exterior com dólar alto enquanto a situação econômica do país se
degrada. Com a denúncia tornada pública por vários veículos da imprensa, se
guardassem algum vestígio ético, ambos deveriam deixar imediatamente as funções
públicas que exercem.

Além da não contribuição tributária no Brasil em meio a grave crise fiscal, as
offshores são largamente utilizadas de forma ilícita por empresas e indivíduos para
evadir divisas e lavar dinheiro.

A lista divulgada causa espanto ao relatar que 66 dos maiores devedores de
impostos no Brasil mantêm offshores. São mais de R﹩ 16,6 bilhões sonegados,
enquanto brasileiros fazem filas para conseguir ossos e restos de carne para
escapar da fome. Vários dos empresários pregam moralidade, patriotismo e se
gabam dos empregos gerados enquanto mantêm fortunas em paraísos fiscais no
exterior e não pagam tributos no país.

A Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) reitera a
necessidade de uma reforma tributária ampla, social e justa, com a tributação dos
super-ricos e isenção das camadas mais pobres da sociedade. Não é suportável
para o Brasil seguir com as atuais regras fiscais que penalizam os mais pobres com
sobrecarga de impostos, enquanto os super-ricos têm mais de 70% de sua fortuna
blindadas de tributação, sonegam impostos e ainda escondem dinheiro em paraísos
fiscais.

Nota de posicionamento

Fenafisco – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrita

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