Dirigentes do Sindicato dos Rodoviários de Pelotas e da seccional no Rio Grande do Sul da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB-RS) promoveram nesta quarta-feira (31) um protesto de ex-trabalhadores da empresa Turf, que há oito anos aguardam o recebimento de indenizações trabalhistas. Desde o fechamento da empresa, em 2016, nenhum dos 262 trabalhadores recebeu os valores devidos pela firma.
“Acompanhamos com muita preocupação a situação destes trabalhadores, pois no final de 2016 esse processo estava pronto e o leilão já poderia ser realizado, mas isso não aconteceu até hoje. Nosso temor é de que, daqui a pouco, o prédio não exista mais e fique mais difícil ainda para estes trabalhadores receberem seus direitos”, afirmou o presidente do sindicato, Claudiomiro do Amaral.
O assessor jurídico do Sindicato, Carlos Stark, explicou que a manutenção do prédio representa uma despesa mensal fixa de R$ 17 mil para a massa falida da empresa, o que em oito anos ultrapassou a marca de R$ 1,6 milhão.
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“Em agosto de 2023 pedimos ao juiz do processo a realização do leilão do prédio, mesmo sem estar concluído o quadro de credores, como forma de estancar essa sangria e possibilitar o pagamento dos trabalhadores, e que esse valor fosse depositado em conta remunerada, para que, em vez de representar despesas mensais, teria créditos através dos juros. Só que esse pedido ainda não foi apreciado”, contou.
Para marcar sua insatisfação com a situação, os trabalhadores estenderam uma faixa com os dizeres “8 anos sem receber – Mais de 200 funcionários esperando” e “Enquanto o tempo destrói o patrimônio da empresa Turf, funcionários aguardam por suas verbas rescisórias”.
O grupo trancou o trânsito por diversas vezes na avenida Ferreira Viana, em frente ao Fórum onde tramita o processo. Com um bolo simbólico com uma vela em formato do número 8, os trabalhadores cantaram “parabéns” para o aniversário da ação.