Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago

Trabalhadores rodoviários de empresas de ônibus que atendem a região metropolitana de Porto Alegre (RS) fizeram paralisação nesta segunda-feira (16) devido ao não pagamento do reajuste salarial que entrou em vigor em junho deste ano.

A paralisação foi organizada pelo Sindimetropolitano (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana) com o apoio da Fetrarod (Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul) e da CSB-RS.

O sindicato estima que há cerca de 4 mil trabalhadores que já deixaram de receber R$ 1.200 referente ao reajuste de 3,46% acordado no dissídio coletivo. “Já são oito parcelas em atraso e o trabalhador não tem informações de quando serão pagas”, disse o secretário do Sindimetropolitano, Alex Araújo.

De acordo com o dirigente, há ainda rumores de que os trabalhadores não receberão a segunda parcela do 13º este mês, o que foi o estopim para a paralisação. Centenas de veículos não saíram das garagens em Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Canoas, Gravataí, Guaíba e Camaquã.

Leia também: Entrevista: Ministro do Trabalho defende fortalecimento dos sindicatos, CLT e fim da escala 6×1

A Metroplan (Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional) afirma que o reajuste ainda não foi pago pois não houve reajuste da tarifa devido à calamidade das enchentes ocorridas em maio no estado e, agora, o pagamento depende de um repasse que deve ser feito pelo governo do RS.

De acordo o superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe, o acordo trabalhista junto à classe patronal estaria condicionado a assinatura do subsídio do governo. O aporte financeiro foi aprovado pela Assembleia Legislativa em novembro, mas ainda não houve liberação formal do recurso.

“Agora tem os trâmites burocráticos, mas acreditamos até semana que vem o recurso já tenha sido encaminhado às empresas que deverão fazer o repasse para os trabalhadores”, afirmou.

“Há um jogo de empurra entre o segmento patronal e governo do estado, fazendo com que os trabalhadores fiquem sem ser atendidos nas questões salariais”, disse Alex Araújo sobre o impasse.

Às 17h, representantes dos trabalhadores e da Metroplan têm reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4). Caso não haja acordo, o sindicato não descarta a possibilidade de a paralisação evoluir para greve.

Com informações de Correio do Povo
Foto: Sindimetropolitano

Compartilhe:

Leia mais
Sintrammar diretoria eleita 2025
Chapa 2 vence eleições do Sintrammar de Santos e Região, com Erivan Pereira reeleito presidente
reunião mesa permanente servidores federais 20-02-25
Em reunião, servidores federais cobram governo sobre pauta de reivindicações travada
saúde mental no trabalho nr-1
Empresas serão responsáveis por saúde mental dos funcionários a partir de maio
img-pagamentos-inss-mudanca-carnaval
Calendário de pagamentos do INSS terá mudanças devido ao Carnaval 2025; confira datas
mpt campinas investiga empresas por pratica antissindical
MPT investiga 32 empresas de SP por coagirem empregados a se opor à contribuição assistencial
servidores excluidos reestruração carreiras rs mesa fessergs
Fessergs e governo do RS formam mesa sobre servidores excluídos de reestruturação
trabalhador indenização cancer
Trabalhador será indenizado em R$ 500 mil por demissão após comunicar câncer
saque fgts nascimento filhos
Projeto que libera saque do FGTS por nascimento de filhos avança na Câmara
CNJ regras inteligencia artificial judiciário
Conselho aprova regras para uso de inteligência artificial no Judiciário
Trabalho imigrantes Texas Tesla e SpaceX
Empresas de Elon Musk usam imigrantes irregulares em obras no Texas, diz reportagem