Após discussões em plenário e protestos dos servidores nas galerias, a Assembleia Legislativa do RS aprovou, na noite desta terça-feira (03), o reajuste do quadro-geral dos servidores públicos do Estado. A proposta do governo, aprovada com 48 votos favoráveis e 2 contrários, prevê um aumento de 6% a todo funcionalismo, sendo 1% retroativo a janeiro e o restante a partir de agora.
Entre servidores e a oposição, o pedido era de que fossem aprovadas as emendas que previam, entre outras questões, uma reposição de 10,06%. Ao encontro com as reivindicações dos servidores, os parlamentares justificavam que o valor dado pelo governo sequer cobre a inflação prevista.
A Fessergs lamenta a insensibilidade do governador Ranolfo Vieira Junior que deu um reajuste/esmola de 6% parcelado aos servidores públicos num cenário de inflação acumulada de mais de 54% nos últimos sete anos.
Os servidores dos padrões iniciais terão cerca de 30 reais de reajuste e muitos não terão nada, pois ele será engolido pela parcela complementar paga para alcançar o salário mínimo, afirma o presidente Sérgio Arnoud.
O dirigente afirma ainda que o governo Leite/Ranolfo piorou a qualidade dos serviços públicos, com a falta de investimento e a não reposição dos funcionários que se aposentaram.
Concluiu dizendo que a afirmação de que este era o reajuste possível não se sustenta, pois o governo quer doar quase quinhentos milhões ao governo federal que ESTRANGULA o Estado com a cobrança de uma dívida pública que já foi paga.