Central dos Sindicatos Brasileiros

Em jantar com Temer, CSB reforça apoio a pacto de união nacional

Em jantar com Temer, CSB reforça apoio a pacto de união nacional

Em evento histórico para o movimento sindical, dirigentes expuseram a realidade de suas categorias para o vice-presidente

Durante jantar entre o vice-presidente da República, Michel Temer, e os dirigentes sindicais da CSB, realizado na noite de ontem, 9, no Palácio do Jaburu, em Brasília, os sindicalistas debateram com Temer a situação política e econômica do País. No evento, marcado por um clima de descontração e proximidade entre o vice-presidente e os dirigentes de 40 federações e dezenas de sindicatos, representando mais de 50 categorias profissionais, expuseram as dificuldades e a situação pela qual passa cada setor. Participaram do jantar o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, os deputados federais Baleia Rossi (PMDB-SP) e Hildo Rocha (PMDB-MA), e Rodrigo Rocha Loures, da Secretaria de Relações Institucionais.

Segundo o presidente Antonio Neto, o Vice-Presidente Michel Temer se mostrou solidário às urgências dos trabalhadores e ouviu com atenção as reivindicações. Neto afirmou que o jantar simboliza um momento especial para os trabalhadores brasileiros. “O Vice-Presidente Michel Temer tem se empenhado em ouvir e dialogar com os mais diversos setores do País. Após o encontro com empresários em São Paulo, sugeri ao Michel um jantar para que ele ouvisse as reivindicações dos trabalhadores. Nossa sugestão foi prontamente acolhida e realizamos ontem o primeiro de quatro encontro que programamos entre o Vice-Presidente e os dirigentes sindicais”, disse.

Para o presidente da CSB, este é um momento histórico para o movimento sindical. “É a primeira vez que temos notícia na história do Brasil que um vice-presidente da República recebe os trabalhadores para um jantar no Palácio do Jaburu”, disse. “Apresentamos as dificuldades dos diversos setores e ele nos ouviu em todos os momentos. Esta é a hora em que nos reunimos com o vice-presidente para passar a ele nossas preocupações, assim como fizeram os empresários e governadores”, completou.

De acordo com o presidente da CSB, o encontro é importante para aproximar os trabalhadores do governo, criando mais um canal de interlocução em que os dirigentes possam apresentar suas inquietudes. Após o encontro, Antonio Neto concedeu entrevista à imprensa, onde ressaltou que os dirigentes sindicais da CSB reforçaram suas convicções de apoiar o pacto de união nacional proposto por Temer para a retomada do crescimento econômico e a resolução da crise política. “Apoiamos o pacto, sem dúvida. Mas não aceitamos qualquer possibilidade de retirada dos direitos trabalhistas e sociais”, afirmou.

Situação econômica

Questionado pela imprensa sobre o posicionamento da CSB com relação ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente da Central afirmou que não cabe à CSB pedir a saída do ministro. “Não pedimos a saída do Levy. O que defendemos, desde o início, é uma mudança significativa nos rumos da política econômica, que efetivamente está trazendo transtorno para todo o setor produtivo brasileiro, principalmente para os trabalhadores”, ressaltou.

Neto disse também que desde o começo de 2015, quando foram publicadas as Medidas Provisórias 664 e 665 – que restringem o acesso a direitos como o seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte -, a CSB trabalhou contra a aprovação das MPs junto ao Congresso, aos ministros e à própria presidenta Dilma Rousseff.

“Trabalhamos no Congresso contra essas Medidas. Inclusive pedimos à presidenta Dilma que ela retirasse as MPs, porque vinham a infelicitar milhões de trabalhadores. Há setores que estão gerando desemprego em níveis preocupantes. Por isso, achamos que a crise é um problema de gestão da política econômica”, reiterou Antonio Neto. “Vamos para o Congresso enfrentar os problemas, nos reunir com o governo, com os diversos ministérios para fazer as cobranças que temos de fazer”, finalizou o presidente da CSB.