A situação atual das empresas de Telecom é consequência da falta de estrutura e investimento no setor nos últimos anos. As empresas não se prepararam para expandirem seus mercados. Hoje há uma antena para mais de quatro mil chips, um aumento de 90% comparado a 2002. O momento exige investimentos para a garantia da qualidade do serviço. As companhias precisam aportar dinheiro em infraestrutura e em pessoas para solucionarem problemas do setor.
O consumidor não pode ser prejudicado pelas falhas recorrentes destas empresas, que precisam se responsabilizar pelos erros e melhorar o atendimento. O governo está correto em cobrar um serviço adequado das empresas de Telecomunicações. Mas precisa ser mais ativo.
Está claro que as companhias de telefonia não estão empenhadas em fazer os investimentos necessários. Mesmo os que foram anunciados agora, mediante pressão do governo e da população, estão aquém do que é preciso para sanar os problemas do setor. As empresas estão extraindo o lucro obtido aqui no Brasil para manterem suas matrizes na Europa, que estão em crise. Isso faz com que os investimentos caiam, num momento em que é justamente importante que se invista mais. Por isso, defendemos a importância da Telebrás para expandir a rede nacional de banda larga e popularizar essas novas tecnologias.
O mercado de TI só tem a ganhar com a expansão da estrutura das telecomunicações. A superação deste gargalo é fundamental para que o segmento continue crescendo. Com a realização de grandes eventos como Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, além da iminente popularização de novas tecnologias como a banda larga 4G e a computação em nuvem (cloud computing), o desafio se torna ainda maior e mais importante.