Manifestamos nosso mais veemente protesto contra a violência sofrida pelo companheiro David Huerta, presidente da SEIU Califórnia. Em seu nome — e em nome de todos os trabalhadores imigrantes vítimas de repressão nos Estados Unidos — denunciamos a escalada de violência promovida pelas autoridades federais norte-americanas, continuidade das políticas iniciadas sob o governo de Donald Trump.
Huerta foi agredido e preso na última sexta-feira, 6 de junho, por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega), durante uma ofensiva brutal contra comunidades imigrantes e suas organizações sindicais em Los Angeles. Trata-se de um verdadeiro atentado aos direitos humanos e à liberdade de organização sindical. As batidas e ações violentas contra imigrantes, promovidas pelas autoridades federais dos EUA, precisam ter um fim imediato.
LEIA: Sindicatos dos EUA se mobilizam para enfrentar impactos da IA sobre os trabalhadores
A prisão de David Huerta simboliza um sistema que tenta silenciar aqueles que lutam por justiça. Essa luta é também a nossa luta.
Expressamos nossa total solidariedade aos imigrantes e ao movimento sindical norte-americano, em especial ao SEIU e a todos os seus membros que enfrentam a criminalização para defender os direitos dos trabalhadores e a justiça social.
Reivindicamos o arquivamento imediato de todas as acusações contra David Huerta e sua libertação incondicional.
A unidade do movimento sindical internacional é essencial para resistirmos aos ataques às liberdades civis e aos direitos trabalhistas em todo o mundo.
Seguiremos acompanhando de perto os desdobramentos deste caso e tomaremos todas as medidas de solidariedade ao nosso alcance para garantir a liberdade de David Huerta e a proteção dos direitos dos trabalhadores imigrantes.
São Paulo, 11 de junho de 2025
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
