Com apoio da CSB, mais de mil profissionais se mobilizam para barrar o UBER
O Sindicato dos Taxistas de Fortaleza (SINDITAXI/CE), entidade filiada à CSB, realizou uma paralisação, na quarta-feira, 11 de maio, com objetivo de combater o transporte pirata de passageiros. A manifestação reuniu cerca mil e cem taxis. Os trabalhadores se reuniram na Avenida Leste Oeste, no Bairro Moura Brasil, e seguiram em uma carreata até o Paço Municipal.
De acordo com o presidente do SINDITAXI/CE, Vicente de Paula Oliveira, a mobilização tem o objetivo de fortalecer as medidas tomadas pela Prefeitura quanto aos táxis clandestinos. O prefeito Roberto Cláudio (PSB) enviou para a Câmara dos Vereadores medidas que endurecem as penalidades para quem conduzir táxis ilegais.
O dirigente também informou que o ato tem como objetivo tentar barrar o serviço Uber na capital cearense. “Estamos protestando contra o transporte pirata, e, em especial, contra o aplicativo UBER, que está chegando em Fortaleza, credenciando o carro particular para fazer o serviço de táxi sem a autorização do município”, explicou Oliveira.
A categoria reivindica a votação do Projeto de Lei que aumenta a multa do transporte ilegal de passageiros de R$ 710 para R$ 2.850. Segundo o vice-presidente da CSB e diretor do SINDITAXI/CE, Francisco Moura, a circulação de motoristas não qualificados à profissão é uma ameaça à segurança do trânsito da cidade.
Para o sindicalista, “não é justo que alguém com um carro particular realize um trabalho para o qual não está habilitado, prejudicando toda uma categoria”. “Nós fomos exigir que o poder público tome providências quanto à fiscalização para coibir a circulação de taxis piratas. Nós, taxistas, somos qualificados para fazer o serviço, pagamos impostos e taxas exigidas pela prefeitura, temos carros padronizados de acordo com a lei municipal e cumprimos todas as normas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Além disso, a Lei Federal 12.468/2011 exige que apenas profissionais qualificados como taxistas exerçam o transporte individual de passageiros em território brasileiro”, ressalta Moura.
A preocupação com a segurança e o bem-estar dos usuários foi mais um motivo para que os taxistas fossem à porta da Câmara de Fortaleza. De acordo com o vice-presidente da CSB, passageiros estão sendo lesados financeiramente pelo transporte ilegal. “Não é pelo fato de estar desempregada que qualquer pessoa pode colocar um jaleco branco e clinicar. Ela não é médica, não é capacitada para tal. É a mesma coisa que acontece com os taxistas. Além disso, os motoristas que não são regularizados não possuem taxímetro e têm a liberdade de cobrar a corrida conforme a cara do cliente”, denuncia.
Na data, o prefeito Roberto Cláudio recebeu cerca de 36 representantes dos taxistas para debater as reivindicações da categoria. O gestor se comprometeu a aumentar a fiscalização do transporte clandestino e de acelerar os trâmites da lei que pune os táxis piratas. “Vamos continuar com os protestos na rua até que a fiscalização se torne mais eficiente. O apoio da CSB tem sido fundamental na luta em defesa da categoria. O Uber vem destruindo as categorias nas capitais do mundo”, finalizou.