O Sistema de Valores a Receber (SVR) ainda tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em instituições financeiras, segundo informou o Banco Central. Do total, 3,6 bilhões são destinados a 32 milhões de pessoas físicas, e R$ 1 bilhão pertence a 2 milhões de empresas. No entanto, ainda não há data definida para a reabertura de consultas ao sistema.
O SVR foi interrompido em abril deste ano por uma greve dos funcionários do BC e não foi retomado desde então, apesar de a paralisação ter sido encerrada em junho. Além disso, ainda pode haver alterações nesses valores, já que o Banco Central voltará a receber dados das instituições financeiras em janeiro.
Quando voltar, o sistema deve contar com melhorias como a inclusão de novos tipos de valores e também o saque por herdeiros ou representantes legais de falecidos.
Outra mudança será a implementação de uma fila virtual em substituição ao acesso programado, com dia e hora pré-definidos, que foi utilizado na primeira versão do sistema.
Instituições financeiras enviarão ao Banco Central informações sobre:
- contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
- outras situações que ensejam valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
O último pagamento de valores a receber ocorreu de fevereiro a abril deste ano, quando as instituições devolveram 2,36 bilhões para 7,2 milhões de pessoas físicas e 300 mil pessoas jurídicas.
O maior valor resgatado por um único cliente foi de R$ 1,65 milhão, seguido por outro que recebeu R$ 1,15 milhão. Outros sete pagamentos ultrapassaram os R$ 300 mil, chegando a mais de R$ 830 mil.
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