A campanha salarial dos trabalhadores de confecção de Guarulhos, Barueri, Americana, Indaiatuba e região foi diferente em 2012.
No dia 18 de maio, o sindicato patronal ofereceu 5% de reajuste salarial e manutenção das cláusulas da convenção anterior, sem melhorias nos pisos e na cesta básica. A diretoria do Sindvestuário não aceitou a proposta.
Em reuniões seguidas, o sindicato patronal manteve sua posição inflexível. Diante do impasse, a diretoria do sindicato de trabalhadores mobilizou a categoria e negociou acordos com 50 empresas.
Nesses acordos, o sindicato concentrou o foco na conquista de reajustes salariais superiores aos 5% oferecido pelo patronal e em melhorar a cesta básica. O reajuste salarial médio, conquistado por meio da iniciativa, foi de 7,43% nos 50 acordos celebrados com as companhias. Também houve avanços na cesta básica na maioria dos acordos assinados.
“Nossa resistência arrancou 15% de reajuste no piso qualificado, um pacote de 5kg de arroz e a cláusula da cadeira ergonômica”, avalia Alvaro Egea, presidente do Sindvestuário. No dia 20 de setembro foi assinado o último acordo por empresa. “Esticamos a corda até o limite. As demais empresas recusaram-se a assinar acordos específicos”, complementa Egea.
Somente os sindicatos da região de Guarulhos, Barueri, Americana e Indaiatuba não haviam assinado a Convenção Coletiva com o sindicato patronal. Todos os demais sindicatos de trabalhadores com data base em junho e julho cederam à pressão patronal.
A resistência dos sindicatos de trabalhadores de Guarulhos, Barueri, Americana e Indaiatuba, com a negociação de dezenas de acordos por empresa, garantiu aumentos salariais acima dos 5%. “No entanto, para não prejudicar os trabalhadores daquelas empresas que não fecharam acordos com o sindicato, assinamos Convenção Coletiva com o sindicato patronal conquistando 15,02% de reajuste salarial no piso qualificado, incorporamos um pacote de 5kg de arroz na cesta básica e a cláusula da cadeira ergonômica foi incluída”, relata Egea.
Fonte: Sindvestuário