Na última segunda-feira, 11, o Sindicato dos Vigilantes de Passo Fundo e Região (Sindivigilantes) esteve presente em reunião de mediação no Tribunal Regional Eleitoral (TRT). O encontro, que visava discutir a reivindicação dos trabalhadores em torno da reivindicação salarial retroativa antes da data-base, terminou sem um acordo entre as partes.
De acordo com o presidente do Sindivigilantes, Rodolfo Silva Boita, o impasse vem se dando justamente pela dificuldade que o Ministério Público do Trabalho (MPT) e as organizações patronais têm em construir um diálogo. “Não houve avanço por conta da parcela de culpa da patronal, que não quer ceder ao MPT. O Ministério, por sua vez, não entende a situação”.
Diante desses impasses, Rodolfo pontuou a disponibilidade do sindicato em ceder a determinações colocadas pelo MPT e lembrou que principal prejudicado são os trabalhadores de Passo Fundo. “O sindicato de Passo Fundo e região já concordou em retirar algumas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a inflexibilidade se dá entre as duas organizações. Dessa forma estamos reivindicando avanço às negociações, porque os trabalhadores estão reféns dessa situação sem receber a reposição salarial”.
Entenda os antecedentes
Os impasses são fruto de um processo ocorrido em 2014, em que empresas entraram com uma ação contra o sindicato. Como consequência coube ao sindicato pagar uma multa e retirar algumas cláusulas da CCT.
Posteriormente o Sindivigilante procurou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a fim de chegar a um acordo e viabilizar a reposição salarial. Tal ação não teve, o problema não foi resolvido e o processo voltou ao MPT.
O resultado foi o empecilho entre as negociações dos representantes patronais e o Ministério Público do Trabalho.