O líder sindical Mauri Viana Pereira foi inocentado pelo Tribunal Regional Federal do Distrito Federal em um processo em que era acusado de lavagem de dinheiro e peculato. A decisão foi tomada na quarta-feira (16) pela juíza Pollyanna Martins Alves da 12ª Vara.
Em 2018, Mauri chegou a ser preso temporariamente pela Polícia Federal em uma das fases da operação Registro Espúrio, que apurava um suposto esquema de ocultação de bens obtidos por meio de fraudes em registros sindicais no antigo Ministério do Trabalho.
Na época, os investigadores alegaram que o sindicalista havia desviado R$ 2,5 milhões do Ministério e usado a própria esposa para ocultar seus bens.
Ele manteve sua inocência e prestou todos os esclarecimentos solicitados pela PF e pelo Ministério Público, mas lamentou que, apesar de inocente, a operação causou uma “mancha” em sua reputação.
“Fui totalmente absolvido do inquérito policial e ficou comprovada minha inocência. São 31 anos de luta completamente ilibada, com respeito às leis ordinárias e constitucionais, sempre pautado na democracia sindical. Como inocente, espero que um pouco da mancha causada à minha imagem seja revertida. Obrigado a todos que acreditaram na minha inocência”, declarou.
Mauri Viana Pereira é vice-presidente da CSB, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas (Fenatracoop) e do Sindicato Dos Trabalhadores em Cooperativas, Agrícolas, Agropecuárias e Agroindustriais do Paraná (Sintacroop-PR).
A Central dos Sindicatos Brasileiros reafirma seu apoio e inteira confiança no grande trabalho de Mauri Viana Pereira e condena a forma como foi conduzida a operação contra o sindicalista, que teve sua reputação prejudicada por ações espetaculosas e infundadas que chegaram a ser exibidas até mesmo no Jornal Nacional, da TV Globo.
Esperamos que a comprovação de sua inocência e as décadas de trabalho em defesa dos trabalhadores em conformidade com a lei restabeleçam plenamente sua credibilidade e respeitabilidade como líder sindical, qualidades que para nós das CSB sempre permaneceram intactas apesar da campanha difamatória.
Foto 1: Pedro França/Agência Senado