Trabalhadores estão insatisfeitos com a indisponibilidade da prefeitura para negociação de reajuste e benefícios
Há três dias em greve, mais de mil servidores públicos de Hortolândia, município do interior de São Paulo, promoveram nesta terça-feira (31) passeata pelo centro da cidade por melhores condições de trabalho. A mobilização é apoiada pela CSB e conta com a participação da diretoria da seccional paulista.
“Em caminhada, saímos do sindicato na rua Antônio Bernardes, onde tivemos nosso café da manhã coletivo, e fomos até a prefeitura, fizemos lá um manifesto, depois seguimos em direção à rua principal Luiz Camilo de Camargo e depois finalizamos em frente à prefeitura”, contou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Hortolândia (STSPMH), Milton Vianna.
Como explicou Vianna, os trabalhadores estão pedindo 5% de ganho real e benefícios. “Só temos a cesta básica e o vale-transporte que são pagos. Não é nada dado 100% para o servidor. Estamos pedindo plano dentário gratuito para os servidores, custo zero da cesta básica até que se troque por um cartão de alimentação, vale-refeição e mudança de data-base”, informou
Na avaliação do dirigente, os servidores estão engajados na paralisação. “A greve é permanente, é parar local de trabalho. Tivemos 80% dos postos fechados ou com funcionamento parcial e 70% das escolas fechadas ou com funcionamento parcial”, quantificou.
A greve
A paralisação foi motivada pela atitude do prefeito de Hortolândia, que, mesmo com a recusa dos servidores, insistiu no índice de 1,56% de reajuste salarial, enviou a decisão à Câmara e não abriu mais diálogo com a representação da categoria.
A greve continua até a prefeitura abrir espaço para negociação junto ao sindicato. Diariamente, a entidade irá se reunir em assembleia para avaliar e deliberar sobre o próximo dia de paralisação. Nesta quarta (01), a programação será a mesma.
Conheça as reivindicações dos servidores:
– Reposição das perdas inflacionárias do período entre abril /2017 e abril de 201;
– Ganho real de 5%;
– Plano dental com custo zero;
– Custo zero das cestas básicas e melhoria nos produtos;
– Fornecimento de 25 unidades de tíquete-refeição mensais no valor de R$ 20 a unidade;
– Mudança da data-base para março.