Servidores públicos de Hortolândia protestam em frente à prefeitura pelo reajuste salarial

Por conta de salários baixos e benefícios insuficientes, trabalhadores da categoria decretaram greve por período indeterminado

 

Nesta segunda-feira (30), cerca de 1.500 servidores públicos de Hortolândia, município do interior de São Paulo, concentraram-se em frente à prefeitura local para protestar contra os baixos salários e a falta de benefícios da categoria. A mobilização é apoiada pela CSB e conta com a participação da diretoria da seccional paulista, inclusive do presidente Tiago Pereira.

“Estamos aqui em apoio à greve dos servidores públicos municipais. Esse é uma paralisação importante para os trabalhadores, que têm sofrido muito, pois há mais de 20 anos estavam filiados a um sindicato que tinha uma diretoria que se vendia para os prefeitos. E hoje, com nova liderança, com o companheiro Milton Vianna Pinto, estamos aqui em apoio aos nossos parceiros desta bela cidade e estamos com total apoio na luta dos trabalhadores”, afirmou Pereira.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Hortolândia (STSPMH), Milton Vianna, a condição de vida dos trabalhadores está deficitária. Ele contou que, além dos 5% de ganho real reivindicados pelos trabalhadores, a categoria precisa de benefícios.

“Estamos pedindo benefícios porque desde 2008 nós não avançamos em nada. Só temos uma cesta básica que hoje é horrível e o vale-transporte, benefício que a gente não conta como benefício porque a gente paga. Estamos pedindo plano dentário gratuito para os servidores, custo zero da cesta básica até que se troque por um cartão de alimentação, vale-refeição e mudança de data-base”, explicou Vianna.

A greve

Na avaliação do presidente do STSPMH, a greve foi motivada pela atitude do prefeito de Hortolândia, que, mesmo com a recusa dos servidores, insistiu no índice de 1,56% de reajuste salarial, enviou a decisão à Câmara e não abriu mais diálogo com a representação da categoria.

 O dirigente classificou como “de extrema importância” contar com o apoio das entidades parceiras. “A participação dessas entidades nos dá mais força e mais legitimidade ao movimento. Nós estamos aprendendo, não temos todo esse conhecimento político e sindical. Por isso, o apoio da Central, da Confederação e da Federação vai nos ajudar e orientar”, falou o presidente.

Além da CSB, o sindicato está sendo acompanhado pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos Municipais (CSPM) e a pela Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo (Fesspmesp).

A greve continua até a prefeitura abrir espaço para negociação junto ao sindicato. Diariamente, o sindicato irá se reunir em assembleia para avaliar e deliberar sobre o próximo dia de paralisação.

Amanhã, às 9 horas, a organização promoverá café da manhã coletivo em frente à prefeitura; em seguida, haverá passeata no centro; e das 10h às 14h, deliberações.

Conheça as reivindicações dos servidores:

– Reposição das perdas inflacionárias do período entre abril /2017 e abril de 201;

– Ganho real de 5%;

– Plano dental com custo zero;

– Custo zero das cestas básicas e melhoria nos produtos;

– Fornecimento de 25 unidades de tíquete-refeição mensais no valor de R$ 20 a unidade;

– Mudança da data-base para março.

 

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