Defasagem salarial e melhorias nas condições de trabalho estão entre as reivindicações
Os servidores municipais da cidade mineira de São Gonçalo do Rio Preto encerraram nesta quinta-feira (15) paralisação que durou três dias. Entre as reivindicações estão reajustes nos vencimentos, piso salarial para os professores, melhores condições para os trabalhadores, Equipamento de Proteção Individual (EPI) e insalubridade. Aproximadamente 80 funcionários de diversas categorias do município participaram das passeatas, que iniciaram no Sindicato dos Servidores Municipais de São Gonçalo do Rio Preto (SINDSERP) e foram até a sede da prefeitura.
Entre as principais categorias presentes nos atos estão professores, administrativos e servidores operacionais. “Um número bem grande de professores aderiu à greve e reivindicou piso salarial. Pedreiros, garis e outros servidores gerais também reivindicaram a compra de equipamentos de proteção e insalubridade, que não é paga. Estamos três anos sem reajustes”, falou a secretária-geral da entidade, Ione Aparecida Flor Rocha.
Segundo Ione, o prefeito fez uma proposta de solução às reivindicações para 2017. Sem garantia de que seriam solucionados os problemas no próximo ano, os servidores negaram a proposta em assembleia, e tentaram, durante os três dias, encontrar com o atual prefeito para entregar uma contraproposta.
“Essa proposta da prefeitura não tem cabimento, nós nem sabemos se ele estará lá no próximo mandato. Em nossa contraproposta nós só aceitaríamos essa negociação se ele fizesse uma revisão no plano de cargos e carreiras para reajustar os salários, e que mandasse esse projeto para Câmara até sexta-feira (16), pelo menos para protocolar. Fomos três dias na prefeitura, e na hora do movimento ele [prefeito] some”, falou Ione, que informou que essa é primeira vez que o sindicato realizou uma greve.
Entre cartazes, faixas e palavras de ordem dos participantes do ato, familiares e parte da população aplaudiram o movimento e demonstraram seu apoio à causa dos servidores municipais. Para o sindicato, o apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros ao movimento dos servidores de São Gonçalo de Rio Preto também tem grande importância.
“Por ser nossa primeira greve, foi importante essa assessoria que a CSB nos deu; eles tiraram muitas dúvidas e nos ajudaram com o carro de som. Sem esse apoio, não teríamos muita segurança em começar esse movimento. Esse apoio deu um gás para os servidores”, completou a secretária-geral.
Nesta sexta-feira (16), membros do SINDSERP levaram suas reivindicações para câmara dos vereadores.
Acompanhe a cobertura da mobilização no site da CSB.