Servidores de Mato Grosso podem ficar 10 anos sem concurso

Entre gritos de “governo de ladrões” e “ prisão para esses bandidos” os servidores presentes na audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa, para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, manifestaram repúdio contra a proposta que visa condição para a Revisão Geral Anual (RGA), congelamento de recursos públicos e proibição de concurso público.

O vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros em Mato Grosso (CSB), Antônio Wagner de Oliveira, disse ao Mato Grosso Econômico que o servidor terá que voltar às ruas para lutar pela garantia dos seus direitos. Para eles, os servidores serão extremamente prejudicados e penalizados.

“Os servidores entenderam que serão penalizados com 10 anos sem concurso. O governo alega um déficit na previdência, inclusive dentro desta discusão da Pec, mas o que não se discute aqui é que metade desses servidores na linha da atividade atual, estarão aposentados e vão ser substituídos por contratados, ou seja, nós vamos estar aumentando ainda mais o déficit na previdência”, desabafou Oliveira.

Além disso, classificou a  Pec do Teto sendo uma “questão para inglês ver”. “Você diminui os gastos com despesas primárias como saúde, educação, segurança pública e logística, sendo que por outro lado, libera gastos com o sistema da dívida pública, com amortização e pagamento de juros para banqueiros. Isso claramente mostra um favorecimento ao sistema financeiro e degradação à carreira do servidor”, concluiu.

Fonte: Mato Grosso Econômico

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