Falta de medicamentos e insumos é uma das reclamações do Conselho Municipal de Saúde
Servidores municipais se uniram à população, aos movimentos sociais e à Igreja Católica, e realizaram na tarde desta terça-feira (20), na Praça Getúlio Vargas, região central de Guarulhos, um grande ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde no município.
Convocada pelo Conselho Municipal de Saúde de Guarulhos (SP), o ato, que contou com a participação de mais de 800 pessoas, se transformou em uma passeata até a sede do Ministério Público Estadual (MPE), onde foi entregue um documento com denúncias das precariedades da pasta.
Segundo o secretário-geral dos Sindicatos dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (STAP) e presidente do Conselho Municipal, Rogério de Oliveira, foram denunciados principalmente a falta de medicamento, insumos e profissionais
“A mobilização teve uma aceitação muito boa da população. O foco principal foi a falta de medicamentos e insumos, mas na denúncia que levamos ao MPE também consta a falta de profissionais. Hoje, as pessoas vão com uma receita com cinco medicações e só retiram um, faltam cerca de 80% dos remédios. O secretário de Saúde admite, mas justificativa que as compra estão em secretarias diferentes, o que prejudica a compra”, disse Oliveira, garantindo que há cobrança desde janeiro, mas nenhuma providência foi tomada nem após recorrerem aos membros do Legislativo.
A mobilização contou com o apoio Federação dos Sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos das Câmaras de Vereadores, Fundações, Autarquias e Prefeitura Municipais do Estado de São Paulo (FESSPMESP), que disponibilizou um carro de som.
O presidente da Federação, filiada à Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Aires Ribeiro, acredita que é papel do movimento sindical lutar pelas causas da população também. “A presença da Federação é no sentido de dar, não somente ao sindicato, mas também ao Conselho Municipal de Saúde e à população o suporte com a logística e caminhão de som. O sindicato está cumprindo o papel dele de não só acompanhar e defender os trabalhadores, como o seu papel social de defender aqueles que são os nossos verdadeiros patrões, que é a população. O movimento tem este caminho de defender o serviço público de qualidade, os servidores e defender também a população com mais investimentos”, finalizou Ribeiro, que também é vice-presidente nacional da CSB.