Segundo a presidente da entidade, a dívida do FELIZ-PREV é de cerca de R$ 4 milhões
Preocupados com uma possível falência do Instituto de Previdência Social do Município de Felisburgo (FELIZ-PREV), cidade mineira a 700 km da capital, e um futuro prejuízo dos servidores do município, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindfeliz) reivindica junto ao atual prefeito, Janio Wilton Murta Pinto Coelho(PR), o repasse dos valores descontados em folha dos servidores para o FELIZ-PREV.
Após diversas tentativas de contato com o prefeito, o Sindfeliz protocolou no último dia 5 de dezembro uma representação no Ministério Público. Segundo a presidente do sindicato, Roberta Batista Botelho, a situação do FELIZ-PREV, que foi lançado em 2002, começou a piorar há cinco anos.
“Até 2012 ele [FELIZ-PREV] não tinha dívida, era tudo bem controlado e eram realizadas reuniões com os servidores para mostrar o balanço. O conselho agia mais e acertava as contas. De 2012 para cá, as coisas foram ficando omitidas, não eram falados valores e até mudaram o conselho sem informar o antigo, aliás muitos conselheiros nem sabiam que tinham essa função”, falou a presidente.
De acordo com Roberta, a dívida chega a quase R$ 4 milhões.
Além de acionar o MP, o sindicato enviou ofício para o presidente do conselho, que é do Poder Executivo, com um pedido para que seja realizada uma auditória do Instituto, mas também não houve retorno.
Ainda segundo Roberta, por ser um programa novo, os aposentados devem começar a receber a previdência no próximo ano. Por isso, a presidente teme pelo não recebimento. Cerca de 340 servidores ativos e inativos podem ser impactados pelo problema.
“Se a dívida está muito grande, e com a entrada deste grupo de aposentados, a Previdência não vai dar conta, e a nossa preocupação é que essas pessoas não recebam. Isso também pode gerar insegurança de quem vai se aposentar daqui a 15 ou 20 anos”, completou.
Nesta semana, o sindicato pedirá apoio da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP-MG) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) para organizar mobilizações de cobrança deste repasse do Poder Executivo para o Instituto de Previdência.