Cerca de 28 categorias cruzaram os braços nessa terça (31) e quarta-feira (1) em todo estado
A greve dos servidores do estado do Mato Grosso entrou nessa quarta-feira (1) no seu segundo dia. Sem prazo para finalizar, cerca de 28 categorias cruzaram os braços após receber a proposta do governo de pagamento de 5% dos 11,28% da Revisão Geral Anual (RGA), divididos em duas parcelas, sendo a primeira de 2% em setembro e segunda de 3%, em janeiro de 2017.
Na última terça-feira (31), houve uma grande passeata que seguiu pela Avenida do Centro Político e Administrativo (PCA) até a Secretária Estadual da Fazenda e contou com a aproximadamente 15 mil pessoas. Ontem, quarta-feira (1), o dia foi de reunião do Fórum Sindical para decidir os próximos passos da greve.
Segundo Antonio Wagner de Oliveira, diretor do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (SINPAIG-MT), membro da Direção Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do Fórum Sindical, será feita uma proposta de lei popular. “Uma das decisões do Fórum Sindical é propor uma lei de iniciativa popular para taxação do agronegócio. Vamos começar a trabalhar para ter cerca de 200 mil assinaturas”, informou o diretor.
O governador Pedro Taques (PSDB) se reuniu nessa quarta-feira com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), fato que preocupa os membros do Fórum Sindical. “Talvez ele [Taques] venha com mais arroxo por conta do PLP 257, sobre as negociações das dívidas dos estados. Por isso estamos um pouco receosos”, falou Wagner.
Nessa quinta-feira (2), o governador deve se reunir para dar uma resposta sobre a contraproposta do Fórum, que propunha o pagamento integral, mas dividido ainda para o ano de 2016. As paralisações dos servidores tiveram início após Pedro Taques anunciar que não faria o pagamento do RGA, que estava previsto em lei, pela falta de dinheiro. Ainda segundo o governo, o estado estouraria o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os deputados estaduais tentaram fazem uma intermediação entre governo e Fórum Sindical, mas a proposta de pagamento dividido em duas vezes não foi aceita pelo governador, que fez a proposta de pagamento de apenas 5%, dividido em duas vezes.
A mobilização dos servidores continua hoje, na BR 167, na saída de Cuiabá.