Central dos Sindicatos Brasileiros

Servidores do Distrito Federal paralisam atividades

Servidores do Distrito Federal paralisam atividades

Trabalhadores manifestam contra o retrocesso no aumento dos salários da categoria

O Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF) e o Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares de Radiologia do Distrito Federal (SINTTAR-DF), com o apoio da CSB e mais 32 sindicatos, paralisaram os servidores públicos do Distrito Federal nesta quinta-feira, 24 de setembro, em protesto contra a suspensão dos reajustes salariais dos trabalhadores, previstos para este mês.

IMG-20150924-WA0024

A paralisação geral durou 24 horas e contou a participação de servidores ligados às secretárias de Segurança Pública, Saúde, Cultura, Detran, Assistência Social e da Carreira Socioeducativa. Fiscais, auditores tributários e da Receita; administradores; agentes de vigilância ambiental e comunitários de saúde; servidores civis da administração direta e defensores públicos também sofrerão com a revisão dos reajustes.

IMG-20150924-WA0025Mais de 20 mil servidores públicos protestaram em frente ao Palácio do Buriti, fechando, por horas, as seis faixas do Eixo Monumental, no sentido da antiga rodoferroviária. Os servidores exigem o pagamento do reajuste salarial acertado no governo anterior, e podem decidir por greve geral em 7 de outubro caso os salários não sejam reajustados.

De acordo Leandro Allan Vieira, presidente do Sindpen-DF, na manifestação os servidores aprovaram o estado de greve. “Essa paralisação é um aviso. Esperamos que o pagamento caia até o quinto dia útil, porque estão fazendo um terrorismo contra a gente. O reajuste foi aprovado e acertado em 2013, e caso o atual governo não pague, haverá uma greve geral dos servidores”, disse Vieira.

O retrocesso no aumento dos salários irá atingir cerca de 150 mil trabalhadores de acordo com o Sindpen-DF. “Essa ação do governo do DF afeta diretamente a economia de Brasília, pois muitos trabalhadores comprometeram as suas rendas contando com esse reajuste. Além disso, o consumo e a movimentação da economia local devem diminuir e muito, porque com salários achatados ninguém compra”, afirmou o dirigente.

Segundo Ubiratan Gonçalves Ferreira, vice-presidente do SINTTAR-DF, a proposta do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de postergar o reajuste para 2016 é um total desrespeito com a categoria. “O governador não quer cumprir uma lei totalmente respaldada para conceder reajuste aos servidores. Não é nem reajuste, é uma reposição salarial já acordada em três parcelas”, criticou.

Os manifestantes também contestaram o pacote de medidas anunciadas, neste mês, pelo governador para conter os gastos do Distrito Federal. O pacote, entre outros itens, suspende reajustes prometidos anteriormente para algumas categorias, aumenta passagens de ônibus e tributos, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

No fim da tarde de ontem, representantes do governo do Distrito Federal se reuniram com os sindicalistas e mantiveram a alegação do governador de que o reajuste é inviável, já que geraria um déficit orçamentário.

Veja a galeria de fotos da mobilização dos servidores do Distrito Federal