Categoria pode entrar em greve por tempo indeterminado caso a reivindicação não seja atendida
Os servidores municipais de Fortaleza fizeram uma manifestação pelo centro da cidade reivindicando reajustes salariais para toda a categoria. Os trabalhadores discordam dos percentuais propostos pela prefeitura – aumento de 10,67%, em 2016, de forma parcelada – e reivindica outras alternativas.
Ao todo 200 servidores participaram da manifestação, no dia 21 de março, que teve o apoio da CSB. A Central foi representada pelo vice-presidente Francisco Albuquerque Moura. “Nós, da Central dos Sindicatos Brasileiros, temos apenas um lado, o dos trabalhadores, por isso apoiamos a luta dos servidores de Fortaleza. Os trabalhadores realizaram uma caminhada pelas ruas, reivindicando reajuste salarial, abertura de novos concursos públicos e a garantia de aposentadorias e pensões do Regime de Previdência dos Servidores do Município de Fortaleza”, contou.
No começo do mês de março, o prefeito, Roberto Cláudio (PDT), propôs que o pagamento do reajuste fosse parcelado: 2% seriam pagos a partir de março, e em dezembro seriam pagos os outros 8,67%. “Essa proposta chega a ser ofensiva para a categoria. Só nos dois primeiros meses, Fortaleza já tem 2,25% de inflação. Esse reajuste proposto não repõe nem a inflação de 2015 e nem a de 2016. Desde o ano de 2008 os salários dos servidores são reajustados apenas para repor a inflação, mas neste ano nem isso vai acontecer. Para termos um aumento real, teríamos que ter um reajuste 22% pelo menos”, disse Gleison Cunha, presidente do Sindicato dos Guardas 
Municipais do Estado do CEARÁ (SINGMEC).
Segundo Plácido Sobreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza (Sintsaf), o reajuste mínimo que a categoria deveria receber é de pelo menos 12,5%. “Nós não descartamos a possibilidade de greve dos servidores em Fortaleza caso a prefeitura não apresente uma contraproposta. Não iremos aceitar essa indecência de proposta que a prefeitura nós fez. Queremos que uma proposta intermediária seja apresentada, pelo menos, para amenizar o prejuízo e assegurar o direito dos trabalhadores”, afirma.
