Senador pelo estado norte-americano de Vermont, Bernie Sanders (Democratas) apresentou um projeto de lei que propõe a redução do horário de trabalho dos norte-americanos, sem redução salarial. O texto cita preocupações sobre novas formas de automação, como a Inteligência Artificial, que têm casa vez mais ganhado espaço no mercado de trabalho no país como o principal motivador para a iniciativa.
A nova Lei da Semana de Trabalho de 32 Horas de Sanders criaria, na prática, uma semana de trabalho de quatro dias nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que exigiria novos mínimos de pagamento de horas extras para garantir que as empresas estivessem cobrindo adequadamente os trabalhadores.
“Hoje, os trabalhadores americanos são 400% mais produtivos do que eram na década de 1940. E, no entanto, milhões de americanos estãotrabalhando mais horas por salários mais baixos”, argumenta Sanders, num comunicado publicado no seu site.
“Isso tem que mudar. Os ganhos financeiros provenientes dos grandes avanços na inteligência artificial, na automação e nas novas tecnologias devem beneficiar a classe trabalhadora, e não apenas os CEO das empresas e os acionistas ricos de Wall Street.”
As preocupações sobre o impacto das novas formas de automatização nos trabalhadores cresceram exponencialmente ao longo do ano passado, à medida em que os avanços na IA generativa ameaçaram os meios de subsistência dos trabalhadores em vários setores.
É de se imaginar a reação de Washington ao projeto de lei de Sanders, onde os fluxos de caixa corporativos são o combustível por trás de todas as decisões políticas. “Uma semana de trabalho de 32 horas seria catastrófica”, criticou o senador republicano Bill Cassidy (Louisiana) em sua resposta ao projeto de lei de Sanders.
O projeto de lei de Sanders observa que outros países – como a França, a Noruega e a Dinamarca – já têm horários de trabalho substancialmente mais curtos e se mantêm produtivos.
O projeto de lei é apoiado pela maioria dos principais sindicatos dos Estados Unidos, incluindo a AFL-CIO.
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Com informações do site Gizmodo