Sem receber o décimo-terceiro salário (o que só vai acontecer, segundo a Prefeitura, em duas parcelas, em 18 de janeiro e 15 de fevereiro), os servidores públicos municipais de Juiz de Fora paralisaram suas atividades em protesto nesta sexta-feira (21 de dezembro). E em Assembleia realizada pela manhã no Parque Halfeld (centro da cidade) os trabalhadores aprovaram o pedido de uma reunião com o prefeito Antônio Almas (PSDB) até a próxima quinta-feira (27 de dezembro) – Mas, independente dos resultados dessa possível conversa com o Chefe do Executivo uma nova paralisação já está agendada para o dia 8 de janeiro (quinto dia útil do mês, anunciado pela administração municipal como data do possível pagamento dos salários de dezembro). À parte, os profissionais da saúde, setor de urgência e emergência, decidiram continuar a atender apenas com 30% do quadro de pessoal até quarta-feira (26 de dezembro), quando uma reunião na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), às 9h, definirá os rumos do movimento. Os trabalhadores da EMPAV (a empresa de pavimentação da cidade), em greve desde ontem (quinta-feira, 20 de dezembro – última foto) decidem ainda nesta sexta-feira a posição a ser tomada a partir de segunda-feira (24 de dezembro).
O movimento dos servidores de Juiz de Fora integrou o “Dia Estadual de Manifestações Contra o Atraso no Pagamento de Salários e do Décimo-Terceiro”, proposto pela FESERP-MG, com o apoio da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil).
Na concentração dos servidores, no Parque Halfeld, o clima era de muita indignação. “Não aceitamos nenhum tipo de desculpa, por parte da Administração Municipal. E duvidamos desse argumento de que não há dinheiro e acreditamos na má gestão dos recursos públicos. De qualquer forma não é, definitivamente, o servidor que tem que pagar por isso”, afirmou o presidente do SINSERPU-JF, Amarildo Romanazzi. “Continuaremos mobilizados e junto com os outros integrantes do Forum Sindical vamos exigir esse reunião com o prefeito na semana que vem”, completou, citando os outros sindicatos que participam do Forum.
Também para o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, é inaceitável o não recebimento de um direito básico, previsto em Lei e esperado o ano inteiro. “O servidor faz seu serviço bem de janeiro a dezembro e quando chega o final do ano sofre esse desrespeito”, diz. Para ele, para que a Prefeitura honrasse seus compromissos bastaria, por exemplo, “não gastar tanto com publicidade” e nem em contratação de serviços desnecessários: “Quando a CESAMA executa um serviço e danifica o asfalto, bastaria pedir à EMPAV que fizesse o conserto, mas a Prefeitura de Juiz de Fora está pagando por esse serviço”, exemplificou. “É preciso esclarecer os motivos desse tipo de terceirização”, completou.
Fonte: Feserp-MG