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Policiais penais do Pará cobram cumprimento de acordo, e PM reprime protesto

Policiais penais do Pará cobram cumprimento de acordo, e PM reprime protesto

Um protesto de policiais penais do Pará realizado nesta terça-feira (23) foi reprimido pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, que atirou bombas de efeito moral e disparou balas de borracha contra o grupo, ferindo uma mulher na cabeça.

O protesto ocorreu em frente ao Palácio do Governo e chegou a interditar duas avenidas de Belém, capital do estado. Em resposta, o governo de Helder Barbalho (MDB) enviou o Batalhão de Choque da PM.

“O que a categoria está buscando aqui não é aumento de salário, é a valorização e que cumpra o acordo de que a lei estaria aprovada em fevereiro na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará)”, diz Rosivan Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Pará, recentemente filiado à CSB.

Assista registro da ação do Choque contra o ato pacífico clicando aqui

“Estamos cobrando a aprovação da nossa lei orgânica. Foi acordada com o governo desde 2021, suspendemos todos os movimentos porque a lei seria aprovada agora em fevereiro. A categoria saiu da rua, aguardou, só que nós já estamos no meio do ano e a lei continua parada na Seplad”, acrescenta o sindicalista.

A Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) informou, em nota, que “desde o ano passado já dialoga com a categoria e esclarece que a Lei Orgânica da Polícia Penal encontra-se em estudo, que após concluídos deverão seguir o trâmite normal, em obediência a Lei de Responsabilidade Fiscal e política de valorização do servidor público”.

“Por que o governador Helder Barbalho não usa a PM para combater os criminosos do Comando Vermelho que matam policiais constantemente no Pará? Contra os policiais penais ele utiliza vários batalhões para combater profissionais da segurança pública, pais de família e concursados, que colocam suas vidas em risco para defender a sociedade”, disse um policial penal que preferiu não se identificar.

Com informações de: O Liberal e da Associação dos Policias Penais do Brasil

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