Diany Dias participou do evento ao lado de companheiros que o sindicato representa para apoiar a manifestação
A presidente do Sintap-MT, Diany Dias, esclarece que não foi possível ir às sedes da ULE de Cuiabá, do Centrin e da Central onde funcionam a Sedraf, Intermat e Indea, conforme foi comunicado no site do sindicato, devido a uma reunião no início da tarde, e por conseguinte, a liberação dos servidores bem mais cedo para a Manifestação contra a Corrupção, Descaso e Violência, o que impediu que desse tempo de fazer as visitas para o convite. A gestora sindical participou do manifesto que aglomerou mais de 50 mil participantes, que percorreu cerca de 6 quilômetros do ponto de partida até o de chegada, a Assembleia Legislativa.
Diany encontrou alguns companheiros do sistema agropecuário em meio à mobilização popular. No final da tarde desta quinta-feira (20), uma multidão tomou conta da Praça Alencastro e os arredores da Prefeitura Municipal, se estendendo pela Avenida Getúlio Vargas acima e abaixo, pois apesar do trajeto ter proposto descer esta via, muitos seguiram caminho contrário, subindo sob os gritos de ordem vindos do caminhão de som que acompanhava a multidão. Por conta disso, a circulação de veículos ficou impedida até à noite, já que volta e meia grandes grupos de manifestantes reapareciam na via, retornando de direções que não faziam parte do roteiro programado.
Do Indea, Diany, Wilson e Roberto, o “Cara Pintada”, se encontraram e agitaram ainda mias o manifesto.
Na avenida, inúmeros cartazes com mensagens de protestos de natureza diversa, com críticas aos políticos em geral, porém, o nome do deputado José Riva foi recorde nas faixas e cartolinas. Dentre outros alvos do ato popular, temas como a PEC 37, que exclui o Ministério Público de investigações; protestos por mais educação, segurança e saúde e simultaneamente contra as OSS’s, bem como transporte coletivo de qualidade e com menor custo e pelo passe livre sem restrições.
Grupos de profissionais de áreas diversas como psicologia, enfermagem e outros também protestaram em prol de suas categorias. Ante a diversidade dos temas, ficou difícil identificar qual era o questionamento mais contundente do movimento.
Guardas de trânsito, os “amarelinhos”, se espalharam na tentativa de organizar as paradas nos semáforos para os pedestres atravessarem, por exemplo, a Avenida Prainha. Nesta, uma fila de carros que seguiam sentido Cuiabá – Várzea Grande se formou desde o semáforo do cruzamento desta via com a Getúlio Vargas, e ali ficaram parados por horas, desde até noite afora, aguardando o fim da movimentação de manifestantes que surpreendentemente apareciam em grupos, também porque alguns cidadãos eram trabalhadores que não foram liberados mais cedo das empresas, inclusive de Várzea Grande.
Os policiais militares acompanhavam emparelhados à multidão, além de viaturas de ambulância. Nos estacionamentos das imediações, filas de veículos buscando uma vaga. A manifestação foi pacífica durante o trajeto da caminhada, até chegar à Assembleia Legislativa, onde alguns radicais praticaram vandalismo, trincando vidros da Casa Legislativa e ateando fogo nas proximidades, a exemplo de uma caçamba. Mas em todo momento que vândalos surgiam, desde o início do movimento, grupos bem maiores de pacifistas tomavam frente para evitar incidentes no ambiente.
Sintap-MT- “É muito importante e imprescindível o povo ir às ruas mostrar sua indignação de tudo o que está acontecendo no nosso estado e país, pois enquanto temos milhões destinados à copa, temos também milhões faltando na educação, saúde, segurança e em vários outros setores, inclusive em nossos segmentos, agrícola, agrário e pecuário de Mato Grosso.
A manifestação popular, desde que pacífica, deve ser constantemente uma das formas de o brasileiro que vive numa nação democrática e de direito expressar sua concepção em relação a crítica realidade que o cerca. E nós do sistema agrícola, agrário e pecuário estivemos lá porque vivenciamos hoje esse momento crítico e caótico em tantos segmentos que a sociedade depende para sobreviver com dignidade, essencialmente em nosso meio, na Sedraf, Indea e Intermat, em que nossos servidores e clientes do sistema sentem ‘na pele’ as deficiências estruturais existentes”, finalizou Diany Dias.
Fonte: Sintap-MT
Alexandra Araújo