Daniel Borges da Silva é o segundo membro da direção da Seccional Ceará a ocupar cargo no legislativo do estado
Na manhã desta quinta-feira (22), o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Ceará (Sindvigilantes-Ce), Daniel Borges da Silva, toma posse como vereador na Câmara Municipal de Fortaleza (CE). Silva, que é vice-presidente da Seccional Ceará da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) se junta a Plácido Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço de Saúde de Fortaleza (Sintaf), e se torna o segundo membro da direção estadual a ocupar uma cadeira no legislativo fortalezense.
O dirigente, primeiro vigilante a ocupar um cargo de vereador na capital cearense, confirmou seu empenho na luta dos trabalhadores. “O compromisso que nós temos é de debater os temas da nossa categoria e também as questões do trabalhador geral. Vamos fazer a diferença e não virar as costas para a causa dos trabalhadores, assim como alguns acabaram fazendo”, disse Silva, que espera poder debater com os parlamentares e a sociedade.
“Queremos também organizar os trabalhadores, pois precisamos do apoio deles; sozinhos não conseguimos resolver. Com esse apoio, estaremos fazendo debates em defesa de todas as categorias e, com isso, mostrando para as pessoas que trabalhadores podem ocupar espaços e fazer a defesa da classe”, completou.
Após a aprovação de leis que tentam retirar direitos históricos conquistados pelos trabalhadores, feita com aprovação de parlamentares que se diziam comprometidos com a causa operária, o presidente da Seccional Ceará da CSB, Francisco Moura, acredita que o movimento sindical deve voltar a ocupar as cadeiras do Legislativo e Executivo.
“É muito importante que os trabalhadores ocupem os espaços, porque temos tido muitos prejuízos pela falta de parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora. Algumas conquistas têm sido aniquiladas exatamente por falta destes representantes. Em outros tempos, os trabalhadores já tiverem mais representação nesses locais. De um tempo para cá, os sindicalistas abandonaram as questões de lançar candidatura para apoiar algumas pessoas, que se comprometiam, mas quando estavam no poder traíram o povo e os trabalhadores”, disse Moura.
Com importante pleito eleitoral no mês de outubro deste ano, o presidente da Seccional acredita que esta estratégia deve ser usada para os cargos de deputado estadual, federal, senador, governador e presidente.
“Hoje o parlamento está dominado por empresários e ruralistas. Acho que as eleições de 2018 serão uma oportunidade dos sindicalistas lançarem seus nomes, sua história de luta e a sua trajetória, para que a classe trabalhadora, a juventude, os movimentos populares, tenham a opção de escolher um representante comprometido com os trabalhadores. Para isso é necessário que os sindicalistas botem seu nome à disposição da sociedade. É importante que tenhamos o maior número de candidatos ligadas ao movimento para que, assim, a gente consiga mudar o cenário do Brasil, que é totalmente desfavorável ao trabalhador”, finalizou Moura, que também é vice-presidente da CSB.