Central dos Sindicatos Brasileiros

Metalúrgicos de Itatiba iniciam assembleias por reajuste após negativa de patrões

Metalúrgicos de Itatiba iniciam assembleias por reajuste após negativa de patrões

O Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região iniciou na manhã desta segunda-feira (09), na empresa BorgWarner, uma série de assembleias que será realizada em indústrias do setor de autopeças, para informar aos trabalhadores que não chegou a um acordo com a classe patronal sobre o reajuste salarial deste ano e que as negociações terão de ser encaminhadas de forma individual.

A proposta apresentada ao Sindipeças, que agrega empresas do setor automotivo, foi de um reajuste de 10,33% conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado no último ano. No entanto, os patrões querem que o aumento fique na casa dos 8%.

As negociações com o Sindipeças foram encaminhadas pelos sindicatos dos metalúrgicos de Itatiba, Jaguariúna, Bauru e Birigui. “As empresas alegam que não conseguem dar o reajuste baseado no INPC por conta da atual situação econômica do País. Vamos, com estas assembleias que serão realizadas em todas as indústrias do setor, informar a situação aos trabalhadores. Não aceitamos reajuste inferior à inflação e vamos partir para as negociações individuais, fazendo o que for preciso para que os direitos sejam preservados.

Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região e vice-presidente nacional da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), José Avelino Pereira, o Chinelo, lembra que o setor automotivo, que tem as grandes montadoras multinacionais como principais representantes, foi quem mais mandou dinheiro para o exterior no último ano, fruto de sua arrecadação no Brasil, e quem mais recebeu incentivos do governo federal para manter suas atividades.

“É um setor importante para a economia do Brasil, sabemos disso, mãos não podemos deixar de levar à mesa de negociações informações como estas. Enquanto os trabalhadores são sacrificados as grandes montadoras estão mandando milhões de dólares para suas matrizes no exterior, sem falar nos benefícios que elas receberam do governo brasileiro”, observa.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região