Na manhã da última quinta-feira, 10, os trabalhadores na Estação de Tratamento de Água (ETA) São Gonçalo, contratados pela Enfil Controle Ambiental, paralisaram as suas atividades. A greve teve início após 22 funcionários receberem aviso prévio de suas demissões, sem maiores explicações.
Já é a terceira vez que a as obras para a construção da ETA sofrem com paralizações: ao longo de 2019 o problema ocorreu por duas vezes, ambas motivadas pelo atraso de salários. O técnico em segurança do trabalho do Sindicato dos Trabalhadores da Industria e Mobiliário de Pelotas (STICM), Carlos Machado deu detalhes sobre os antecedentes. De acordo com Machado os problemas começaram, principalmente, após o acidente que levou o funcionário Everton Luís Mesquita da Silva a óbito. “Desde então, alguns trabalhadores vieram nos procurar devido a problemas relacionados a falta de pagamento”.
Além da demissão injustificada dos 22 funcionários e dos atrasos do pagamento, há também a questão da multa rescisória, que não foi paga.
A Enfil é uma empresa terceirizada, contratada pelo Sanep, instituição responsável pelo tratamento da água do município de Pelotas. De acordo com Alexandre Garcia, diretor-presidente do órgão, a empresa garantiu que daria continuidade a construção, mas diante do aprofundamento da crise com os funcionários e do atraso da obra, já existe a possibilidade de rompimento de contrato.