Central dos Sindicatos Brasileiros

Frente Nacional em Defesa do Pré-Sal e da Petrobrás é criada para preservar a soberania da estatal

Frente Nacional em Defesa do Pré-Sal e da Petrobrás é criada para preservar a soberania da estatal

Com o ato “O Pré-Sal é inegociável”, iniciativa defende a permanência da exploração única do petróleo pela empresa e luta contra a privatização

Na quinta-feira 20 de agosto, foi realizado o ato suprapartidário “O pré-sal é inegociável”, na Câmara dos Deputados, para lançar a Frente Nacional em Defesa do Pré-Sal, da Petrobrás e da Engenharia Brasileira, composta por parlamentares, pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás, representantes da sociedade civil e por sindicatos petroleiros de todo o País. Autoridades, trabalhadores, parlamentares e dirigentes de setores de representação da engenharia nacional participaram do evento.

O objetivo da iniciativa é defender a Petrobrás e fazer frente ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que transfere para petrolíferas internacionais os 30% das jazidas do Pré-Sal reservados para a Petrobrás, além de retirar da companhia nacional a posição privilegiada de operadora única da exploração do Pré-Sal, previstas na Lei da Partilha sancionada, em 2010, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ato, representantes de diversos setores alertaram a sociedade sobre a importância do Pré-Sal e da Petrobrás para a construção e o desenvolvimento de um Brasil mais igualitário e justo.  Outro ponto defendido pelo grupo no evento foi a não privatização da companhia e da exploração do Pré-Sal. Atualmente, a Petrobrás representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Mas nem sempre foi assim. Em 2000, a participação da indústria de petróleo no PIB era de apenas 3%, e a companhia quase foi privatizada nos anos de 1990.

Em apenas oito anos, o pré-sal já produz mais de meio milhão de barris de petróleo por dia, gerando uma riqueza que permitirá o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em 2014, além de investimentos na saúde. Nos próximos 35 anos, isso significará R$ 1,3 trilhão em royalties que se destinarão à saúde e à educação dos brasileiros.

O ato em defesa do Pré-Sal, da Petrobrás e da Engenharia foi dedicado aos líderes trabalhistas João Belchior Marques Goulart, presidente da República deposto em 1964; e Leonel de Moura Brizola – comandante da Campanha da Legalidade. A campanha pretende resgatar a mobilização “O Petróleo é Nosso”, liderada por Maria Augusta Tibiriçá, Henrique Miranda e Horta Barbosa, e realizada momentos antes da criação da Petrobrás pelo presidente Getúlio Vargas.

As Frente Nacional convoca a união e ação de sindicalistas, parlamentares, administradores públicos e todos os setores da sociedade em defesa do Pré-sal, da Petrobrás, dos empregos que ela gera e mantém, e da engenharia nacional para o desenvolvimento e a soberania do País.