Em acordo, o governo municipal se comprometeu a acertar os salários vencidos, enquanto os profissionais da saúde devem trabalhar com efetivo de 50%
Em meio à caótica crise no sistema de saúde do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Fonoaudiólogos do estado (Sinferj) participou, juntamente com outras entidades da área de saúde, de audiência de conciliação na última segunda-feira (27), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital fluminense, com a prefeitura, que firmou o compromisso de realizar todos os repasses às ONGs e Organizações Sociais (OSs) de forma integral até esta sexta-feira (1).
Em contraponto, os sindicatos se comprometeram a realizar assembleias para deliberar o funcionamento de 50% do seu efetivo, ao invés dos 30% que atuaram durante a greve.
A próxima audiência foi marcada para a segunda-feira (4), no mesmo local. Segundo a presidente do Sinferf, Sheila Marino, caso a prefeitura não cumpra a sua parte no acordo, a desembargadora Rosana Salim deve determinar a pena para o órgão.
“Ela pediu que nós fizéssemos uma recomposição na proposta da greve, que ao invés de deixar 30% de efetivo trabalhando, que a gente deixasse 50%. Todos concordaram de levar essa posição para suas bases através de assembleias. A prefeitura foi cobrada de fazer este ajuste, pois além de estarem devendo, estão pagando metade do salário e ainda não saiu o 13º. E se isso não for acertado até segunda-feira, a desembargadora vai bater o martelo e não tem mais acordo”, disse a presidente, que realizará assembleia no sindicato nesta sexta.
O problema com o repasse das Organizações Sociais é de longa data, mas se intensificou no mês de agosto. Por isso, o movimento de greve teve início no mês de outubro. O Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado do Rio de Janeiro é filiado à Central dos Sindicatos Brasileiros e representa cerca de 6 mil profissionais no estado.