A FESERP-MG e a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) participaram com grande destaque, na manhã/tarde desta quarta-feira (15 de março), de uma gigantesca manifestação contra a Reforma da Previdência, em Juiz de Fora (MG). Os trabalhadores e estudantes, cerca de 30 mil pessoas (segundo os organizadores), se reuniram na Praça da Estação (centro da cidade), com cartazes e faixas, e, após os discursos, percorreram algumas ruas do município com palavras de ordem contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 287.
O vigor dos jovens, a revolta dos adultos, a indignação dos idosos e os argumentos dos sindicalistas contra a Reforma arrastou mais gente ainda, deixando bem claro que Juiz de Fora não vai aceitar sem luta a reforma, que, se aprovada pelo Congresso, vai trazer enormes prejuízos à população brasileira.
“Não é uma Reforma, é um desmonte da previdência social, feita por um dos governos mais impopulares da História”, disse o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, ainda na Praça.
“Porém, apesar de impopular, é um Governo muito forte politicamente, na Câmara Federal e no Senado. Por isso temos que unir forças e pressionar o Congresso para que ele ‘não obedeça’ o Executivo e não aprove essa Reforma nefasta”, complementou.
Nas ruas, durante a passeata, Cosme Nogueira subiu o tom.
“Além de desmontar a seguridade social, a proposta, financista ao extremo, só agrada a banqueiros e a previdência privada, e ofusca o futuro dos jovens”.
Para ele, que considerou o Ato de Juiz de Fora um marco extraordinário de “resistência à PEC 287”, é preciso muita união das entidades sindicais nessa hora: “Podemos divergir no varejo, mas no atacado a bandeira é uma só, negar a Reforma da Previdência”.
Fonte : FESERP-MG