Central dos Sindicatos Brasileiros

“Enquanto eu for presidente, vou lutar até minha última força para manter a lei de partilha”, declara Dilma Rousseff

“Enquanto eu for presidente, vou lutar até minha última força para manter a lei de partilha”, declara Dilma Rousseff

Em reunião com as centrais e os movimentos sociais, presidenta defendeu a manutenção do sistema de partilha na exploração do Pré-Sal pela Petrobrás

Durante reunião com representantes das centrais sindicais e de movimentos sociais, hoje (13), a presidenta Dilma Rousseff defendeu a manutenção do sistema de partilha na exploração do Pré-Sal e da participação da Petrobrás na administração do petróleo brasileiro.

Em seu discurso, Dilma reiterou que trabalhou no modelo de conteúdo nacional para evitar que o Brasil fosse vítima da “maldição do petróleo”, na qual o País poderia correr o risco de ter apenas o setor petrolífero forte, em detrimento dos demais segmentos.

NetoPara a presidenta, mais do que ser o país do petróleo, o Brasil precisava “criar uma indústria de fornecimento para gerar emprego de qualidade, para ser um passaporte para o futuro e produzir no Brasil o que é possível produzir no Brasil”. “A lei de partilha eu ajudei a fazer. Eu coordenei e sei por que a fizemos. Porque, no caso do Pré-Sal, sabíamos a qualidade, onde ele estava, e que tinha de ficar com a nação brasileira. Esta riqueza é finita, e só temos um jeito de transformar a riqueza finita em infinita, é transformando as pessoas”, destacou.

Encontro

No encontro com as centrais sindicais e movimentos sociais, Dilma Rousseff lembrou a importância de eventos como este para o diálogo entre uma sociedade complexa como a brasileira. “Sempre fomos capazes de um convívio fraterno, com tolerância às diferenças. Quem teve sempre problema com isso foi a elite”, enfatizou a presidenta.

Segundo ela, o Brasil passou por transformações profundas nos últimos anos. “Modificamos a parte mais pobre da sociedade. O grande mérito dos últimos anos foi que reconhecemos a necessidade de fazer política para aqueles que mais precisavam. Esse país precisa disso. Não é pura e simplesmente porque nossa ideologia exige, mas é porque se não fizermos isso, perderemos a nossa força”, ressaltou.

Brasília - DF, 13/08/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante Diálogo com Movimentos Sociais Brasileiros no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Democracia, conquistas e soberania nacional

Para Dilma Rousseff, para que a democracia seja plena, é necessário respeitar questões para além do estado de direito. A presidente fez uma analogia com uma carta do Papa Francisco destinada aos brasileiros. De acordo com Dilma, o documento apresentava três valores baseados no esporte: a preservação do trabalho duro, já que ninguém ganha jogo sem esforço; o jogo em equipe; e o fair play (jogo justo).  O terceiro valor, segundo ela, refere-se ao respeito ao resultado, à honra e ao adversário. “Porque se você não aceita o resultado do jogo, não pode entrar no jogo”, sentenciou Dilma.

 

Brasília - DF, 13/08/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante Diálogo com Movimentos Sociais Brasileiros no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Sobre as conquistas e os projetos para o Brasil, a presidenta reforçou que é preciso olhar com apuro para as questões específicas dos vários segmentos sociais. “Uma delas é a política de valorização do salário mínimo e o Marco Civil da Internet, que tem a ver com a juventude. Acredito que juntos vamos defender a pauta por direitos e oportunidades”, argumentou.

Dilma destacou a força dos brasileiros para superar as adversidades e preservar a soberania nacional. “Tenho de ter lealdade com a experiência histórica da minha geração. Eu sobrevivi, mas tenho de honrar todos os que não sobreviveram. O governo vai fazer o possível e o impossível para garantir direitos e oportunidades. Vamos tomar todas as medidas para que esse país volte a crescer o mais rápido possível”, disse.

Brasília - DF, 13/08/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante Diálogo com Movimentos Sociais Brasileiros no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

“Mais do que a sétima economia, temos que ser a sétima nação do mundo. Conseguiremos isso quando não houver mais desigualdade, e isto significa distribuir mais renda, ampliar a participação do povo. Eu costumo dizer que na minha vida que eu mudei muito. Mas uma coisa eu não aceito, eu não mudei de lado”, concluiu a presidenta afirmando seu compromisso de luta contra o retrocesso.

Confira a galeria de imagens da plenária da presidenta Dilma Rousseff com os movimentos sindical e social.