CSB foi representada pelo vice-presidente Leandro Allan, que entregou ao presidente da Câmara nota da Central e demais entidades sobre mais um equívoco da Medida Provisória
Em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na noite desta terça-feira (12), as centrais sindicais pediram apoio ao parlamentar para barrar a Medida Provisória 873/2019, que altera a cobrança da contribuição sindical.
Representando a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o vice-presidente Leandro Allan Vieiramostrou o posicionamento da Central em relação à MP, considerada inconstitucional por várias entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil.
“Pedimos a retirada da MP por parte do Rodrigo Maia, seja através de apoio ou de uma intervenção dele na tratativa com o presidente, para que essa MP seja retirada pelo Executivo. Se trata de uma medida inconstitucional e imoral, pois é o Estado interferindo nas relações entre sindicatos e representados. Além disso, a medida impede que os trabalhadores possam ter uma representatividade”, explicou Allan.
Segundo o dirigente, Rodrigo Maia afirmou que não poderia interferir, mas ficou surpreso com a MP publicada.
“ Ele [Rodrigo Maia] informou que essa competência é do presidente do Senado, mas se mostrou surpreso quando teve o conhecimento da MP, pois não esperava que o governo fosse fazer tal arbitrariedade, pois não foi discutido com o Congresso Nacional e não cumpre os requisitos da urgência e relevância. Ele recebeu com muita estranheza e não concorda com a MP”, completou o vice-presidente da CSB.
Allan entregou ao presidente da Câmara nota pública assinada pela Central e outras entidades alertando sobre a ameaça que a medida provisória causará à economia brasileira; o documento também foi entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.