Para presidente da Seccional, nada pode ser aproveitado na proposta da PEC 06/2019
O presidente da Seccional Ceará da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Francisco Moura, participou na tarde desta quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, de audiência pública para discutir a reforma da Previdência, apresentada pelo governo Bolsonaro à Câmara no último dia 20 de fevereiro.
Em sua participação, Moura deixou clara a posição negativa da Central em relação à reforma, que, segundo ele, mexe com a dignidade do povo.
“Eu não conheço ninguém que vai levar o carro para reformar e recebe ele todo destruído, por isso não podemos nem chamar isso de reforma, pois não tem nada que se aproveite. Nossa proposta é a revogação, que se tire isso da pauta”, disse Moura.
O dirigente também citou a anistia de R$ 1 trilhão às empresas petroleiras no ano passado.
“A PEC da Shell foi aprovada em menos de um minuto naquele Congresso Nacional. O Governo Federal anistiou as petrolíferas em quase R$ 1 trilhão em impostos e agora estão querendo acabar com a vida de um ser humano, com a aposentadoria do trabalhador e acabar com o povo pobre dizendo que vão economizar”, falou Moura. Na análise do dirigente, a reforma servirá para fazer coro aos banqueiros, beneficiar as seguradoras e as elites.
Ainda segundo o presidente da Seccional, a reforma jogaria o povo na miséria para entregar as riquezas brasileiras ao capital estrangeiro.
“Querem transformar a aposentadoria em um privilégio de poucos no Brasil e jogar o nosso povo na mais absoluta miséria, porque quanto mais miserável é o povo, quanto menos educação ele tiver, mais fácil será para eles se elegerem e implementarem a política de lesa-pátria, ou seja, a política de entregar o Brasil para o capital estrangeiro”, finalizou Moura, conclamando o povo a ir às ruas contra a reforma.