Data-base da categoria é em janeiro, e a pauta da entidade está em negociação
Reeleita na última quarta-feira (31), a atual diretoria do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Ceará (Sindvigilantes/CE) já iniciou o ano na luta pelos interesses dos cerca de 15.800 trabalhadores representados. Eleitos por 2.997 votos dos 3.043 validados, os membros da Chapa 1 estão em negociação com o patronato desde o início do mês de janeiro para a aprovação da Convenção Coletiva (CCT) 2018. O objetivo é não permitir que as mudanças perpetradas pela reforma trabalhista na legislação brasileira causem retrocessos nos direitos da categoria.
“O nosso compromisso é continuar reestruturando o Sindicato, organizando os profissionais e os enfrentamentos, como as ações que são contra a reforma. Estamos em negociação e percebemos que [os patrões] tentam de toda maneira retirar os direitos da Convenção e implantar a nova lei, mas nós não a reconhecemos, porque ela foi feita pela classe empresarial do País”, afirma Daniel Borges, presidente reeleito.
Segundo o dirigente, para este ano, a prioridade da diretoria é defender os vigilantes cearenses dos ataques do governo federal aos trabalhadores. A diminuição do intervalo para refeição de uma hora para 30 minutos, o parcelamento de férias em até três períodos e a homologação das dispensas dos funcionários dentro das empresas são algumas das alterações da lei que o Sindicato assegura não aceitar. A próxima rodada de negociação do Sindvigilantes/CE será dia 15/02.
“Basicamente, o patronato quer aplicar na CCT toda a reforma trabalhista, e a gente não aceita. Estamos mobilizados, fazendo manifestações nas empresas e temos o apoio da CSB, que sempre está ao lado dos sindicatos. E isso é muito importante para esse momento difícil que o País está passando”, destaca Borges, reiterado pelo vice-presidente da Central e presidente da seccional da CSB no Ceará, Francisco Moura.
Para o sindicalista, o resultado da eleição demonstra o engajamento do presidente Daniel Borges e de toda diretoria na defesa dos profissionais do estado. “A diretoria que foi eleita vai continuar com esse excelente trabalho junto aos vigilantes, e nós, da CSB, estaremos na luta neste mandato. Contem com nosso apoio”, garante Moura.
A atual diretoria do Sindvigilantes/CE se manterá no posto pelos próximos quatro anos. A eleição, que durou dois dias, também chegou a contabilizar 35 votos em branco e 11 nulos. Já a Chapa 2 teve sua campanha impugnada.