Para Gevársio, diretor de assuntos Trabalhistas, de Segurança e Saúde no Trabalho da CSP, “os governantes agiram com irresponsabilidade enquanto pessoas sofriam e ainda sofrem nas ruas”
Mais de 300 sindicatos que compõe a Central Sindical de Profissionais (CSP) aprovaram a moção em solidariedade aos desabrigados de Pinheirinho, em São José nos Campos, no Vale do Paraíba. A bandeira em apoio às seis mil pessoas retiradas de suas casas de maneira brutal foi um dos assuntos do Congresso Nacional Extraordinário da CSP, realizado nesta terça-feira (7), no hotel Mônaco Convention, localizado em Guarulhos/SP.
De acordo com Antonio Gevársio Rodrigues, dirigente do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região e diretor de Assuntos Trabalhistas, de Segurança e Saúde no Trabalho da CSP, “a forma como a Polícia Militar entrou em Pinheirinho foi muito agressiva, extremamente violenta. O povo de São José dos Campos não merecia aquele tratamento. Os governantes agiram com irresponsabilidade enquanto pessoas sofriam e sofrem nas ruas. Nós da CSP somos a favor de soluções pacíficas para qualquer tipo de conflito”, afirma.
Caso Pinheirinho
No dia 22 de janeiro foi realizada uma operação de reintegração de posse na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Cerca de seis mil pessoas foram retiradas à força de suas casas. O terreno pertence à massa falida da empresa Selecta, do grupo do empresário Naji Nahas.
O mandato de reintegração foi concedido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Porém, a ordem foi suspensa pela Justiça Federal, que preferia uma solução pacífica e melhor planejada. A Justiça Estadual ignorou a decisão e iniciou a operação por meio da ação de policiais militares. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) validou a medida de desocupação através de uma liminar emergencial anunciada horas após o início da operação.
A área, que foi ocupada por oito anos, é calculada em 1,3 milhão de metros quadrados.
Fonte: Assessoria CSP