Dirigentes fazem vigília em frente à Casa e corpo a corpo com deputados
Na tentativa de aprovar Propostas de Emenda à Constituição (PEC’s), que autorizam a privatização de cinco estatais do Rio Grande do Sul, – Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) –, o governador José Ivo Sartori convocou, de segunda-feira (29) a quarta-feira (31), de maneira extraordinária, os deputados para votação das matérias.
Assim como aconteceu em 2017, dirigentes da Seccional Rio Grande do Sul da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), juntamente com as demais centrais sindicais e movimentos sociais, se mobilizam em busca da não votação ou reprovação do projeto. Além de uma vigília em frente à Assembleia Legislativa (AL), os dirigentes continuam realizando corpo a corpo com os deputados.
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De acordo com o vice-presidente da CSB e presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (FESSERGS), Sérgio Arnoud, os dirigentes da Central estarão na AL durante toda a segunda sessão extraordinária do ano, que começa às 14h desta terça.
“Na realidade, são projetos que permitem a venda dessas estatais sem a realização de um plebiscito, conforme está na Constituição Estadual. Diante disso, a CSB luta contra esse conjunto de projetos, porque eles diminuem o tamanho do estado, em nome de uma protelação do pagamento da dívida por três anos. Mas esse valor seria incorporado mais adiante com juros e correção monetária na dívida que o estado possui com a União. Isso aumentaria a dívida do estado em mais 30 bilhões. Nesse sentido, estamos mobilizados desde a última segunda-feira [29] até amanhã [31] fazendo um acompanhamento dessas votações e pressionando”, falou o dirigente.
Para aprovar as PEC’s, o governo necessita de 33 votos, o que equivale a 2/3 do total de deputados na Assembleia.
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Ainda segundo Arnoud, durante o trabalho de corpo a corpo dos dirigentes, eles constataram que o governo ainda não tem votos suficientes para aprovação das medidas. “Estamos vigilantes, exatamente para que eles não obtenham os votos necessários”, finalizou o vice-presidente da CSB.
Acompanhe as mobilizações da Central na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no Portal de Notícias da CSB.