CSB RS atua contra venda de estatais no Rio Grande do Sul

Governo articula privatização de empresas de energia, de gás, de mineração e de saneamento

Representantes da CSB RS estão mobilizados contra a venda de cinco empresas estatuais riograndenses: Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Os dirigentes promoveram atos nestas terça-feira (19) e quarta (20) em frente à Assembleia Legislativa da região, localizada em Porto Alegre.

O governo pretende votar as privatizações por meio de Propostas de Emenda Constitucional (PECs). A Assembleia Legislativa convocou a votação das matérias para a próxima sexta (22), junto com a apreciação da repactuação da dívida do estado com a União. Além do protesto, os presentes fizeram corpo a corpo com os deputados e compareceram à reunião de líderes da Casa.

“O governo vai fazer uma tentativa de votar essas PECs, mas dificilmente, pela pressão que a gente vem fazendo, as PECs serão votadas. Nós manteremos a pressão”, afirmou o vice-presidente da CSB e presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (FESSERGS), Sérgio Arnoud.

Os servidores públicos continuarão atuantes nos próximos dias. “Estamos com total mobilização, inclusive com caravanas do interior se dirigindo a Porto Alegre para sexta-feira fazermos mais um corpo a corpo pesado em cima dos deputados”, frisou o secretário de Comunicação da CSB RS, André Costa.

“Estamos lutando contra a venda das estatais porque a entrega do patrimônio público faz com que o estado perca todas as suas fontes de receita. Somos contra essa política, que eles chamam de enxugamento do estado, que nada mais é do que o estado mínimo”, explicou Arnoud.

Previdência

Em uma iniciativa contra a privatização da Previdência, os servidores públicos promoveram manifestação na portaria do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, também nesta quarta. “O instituto paga as pensões e os planos de saúde dos servidores públicos. O governo quer separar o que é IPE Saúde e o que é IPE Previdência com a clara intensão de acabar com a Previdência, passando-a para o setor privado, e o plano de saúde vai passar a ser sucateado, o que vai fazer com que fechem muitos hospitais no interior do estado [que são mantidos pelo instituto]”, explicou o secretário.

Segundo o vice-presidente, a divisão vai “quebrar todo o sistema de administração do instituto”. “Hoje, metade é administrado pelos servidores e metade pelo governo. Com o projeto que está na casa, há divisão e quebra da paridade. O governo teria maioria e comandaria sozinho tanto a questão da previdência quanto a questão da saúde”, finalizou Sérgio Arnoud.

Compartilhe:

Leia mais
Fachada INSS Brasília
INSS muda regras para pedidos de empréstimo consignado a partir de 2025
Decreto novas regras trabalhadores terceirizados
Governo publica novas regras para trabalhadores terceirizados na administração federal
Justiça condena conluio para fraudar cota pcd
Justiça condena trabalhador e empresa por conluio para burlar lei de cota para PCD
Desrespeito leis trabalhistas no Brasil
Brasil é um dos países que mais desrespeitam leis trabalhistas; saiba direitos mais desrespeitados
fachada serpro greve
Greve no Serpro é encerrada após trabalhadores aceitarem acordo proposto pelo TST
Sindicato dos Mineiros de Candiota denunciam privatização de mina
Sindicato dos Mineiros de Candiota denuncia governo por privatização de mina
isenção fiscal para petroleiras
Renúncias fiscais a petroleiras somam R$ 260 bilhões desde 2015; CSB denunciou medida
Lula sanciona estatuto da segurança privada
Lula sanciona Estatuto da Segurança Privada, aprovado após mobilização sindical no Congresso
Palestra negociação coletiva ministério trabalho espanha
Técnico do Ministério do Trabalho da Espanha fala sobre negociação coletiva; assista
operação trabalho infantil em Pernambuco
Trabalho infantil: 40% dos estudantes entre 6 e 17 anos dizem que também trabalham