Em carta dirigida ao presidente da FSM, Antonio Neto lamentou o episódio na Síria e fez críticas às acusações contra Bashar AL-Assad
O presidente da CSB, Antonio Neto, encaminhou uma mensagem prestando solidariedade a todo o povo sírio e ao presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), Muhammad Shaaban Azzouz, pelo ataque genocida ocorrido na região de Damasco, na última quarta-feira (21).
Na nota oficial, Neto lamentou as centenas de mortes de cidadãos inocentes que aconteceram por um ataque “perverso e covarde”com armas químicas, feito por terroristas a serviço dos países imperialistas.
O dirigente também teceu duras críticas ao movimento orquestrado pela imprensa mundial, acusando o atual presidente Bashar AL-Assad pela autoria do atentado. “As mentiras já naufragam no absurdo de sua criação, uma vez que, se o ataque partisse do governo, sua própria sede seria destruída”, afirmou Neto.
Ainda segundo o presidente, o terrorismo, na verdade, parte de forças de fora da Síria. “Conhecemos a seriedade do governo sírio e, por isso, percebemos que ataques como esses são promovidos por monopólios internacionais”, constatou Neto.
Em resposta, Muhammad Shaaban Azzouz afirmou que há uma intenção clara de propagar o terror no Oriente Médio. “Estão tentando disseminar o terrorismo na minha região, a fim de destruir nossos países para que os EUA e seus aliados possam controlar a riqueza e o petróleo do Oriente Médio”, ressaltou o presidente da FSM.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo – publicada em 22 de agosto – o governo da Rússia também acredita que o suposto ataque teria como objetivo provocar uma reação da comunidade internacional contra o governo de Assad.
“Tudo isso não pode sugerir outra coisa senão que estamos lidando com uma provocação planejada”, afirmou o porta-voz da Rússia, Alexander Lukashevich.
A Rússia, principal aliada do atual governo sírio, tem pressionado o Conselho de Segurança da ONU a fazer uma investigação detalhada, objetiva e profissional sobre o atentado.
Segundo o jornal, durante o ataque foram usados foguetes com agentes tóxicos lançados contra civis. Até o momento mais de mil pessoas já foram encontradas mortas, incluindo mulheres e crianças.
Foto: BBC Brasil